“Não sou jogador de futebol nem estrela de cinema”. As primeiras palavras do novo CEO da TAP

Luís Rodrigues, novo CEO da TAP, assumiu funções esta sexta-feira e nas primeiras declarações aos jornalistas referiu que está preparado para reunir com os sindicatos, que está empenhado em resolver todos os problemas afetos à companhia aérea e que não haverá interferência política na gestão da empresa.

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Ouvido pela SIC Notícias sobre este último ponto, Luís Rodrigues revelou uma conversa curiosa com alguém do Governo que não especificou quando questionado se tinha falado com alguém do Executivo: “Se falei com alguém do Governo? Só me disseram: Começas a trabalhar dia 14. Faz-te à vida”, referiu o gestor com algum humor.

Num registo mais sério, e a propósito de eventuais interferências na gestão da empresa, Luís Rodrigues realçou que está preparado para fazer a gestão da companhia e que o Governo “fará o que tiver que fazer”. Para este gestor, e até pelas notícias de eventual interferência política na forma como os destinos da TAP têm sido conduzidos, “as duas coisas são separadas” e “é isso que os estatutos determinam”.

Fazendo uma possível alusão à Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da empresa, o antigo administrador da SATA realçou ainda que a gestão da TAP “não é um programa de televisão” e que a companhia aérea “tem de resolver os problemas dos seus passageiros e dos seus trabalhadores”. Luís Rodrigues destacou que é alguém está na empresa para ajudar”.

Sobre o diálogo com os sindicatos, Luís Rodrigues confessou que ainda se vai inteirar dos dossiers mas garantiu que irá falar com toda a gente “e com os sindicatos em particular”, deixando uma garantia: “Estamos todos do mesmo lado e queremos todos o mesmo”.

Luís Rodrigues chega numa altura sensível para a companhia aérea tendo em conta os vários dossiers em que a TAP está envolvida, algo que originou a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito à gestão da empresa. No entanto, o novo CEO tem, de acordo com o Executivo, o perfil para ser o rosto da ‘mudança de página’ e manter a TAP no caminho dos lucros.