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Nasdaq no pior dia desde março com investidores preocupados com possível subida das taxas de juro

O Dow Jones conseguiu escapar às perdas mesmo no tocar do sino, mas o Nasdaq registou mesmo o pior dia desde março ao perder cerca de 260 pontos perante o receio por parte dos investidores de uma subida das taxas de juro, como sinalizou esta tarde a secretária do Tesouro dos EUA.
4 Maio 2021, 21h09

Wall Street fechou a sessão de terça-feira maioritariamente em queda, com os investidores preocupados com a possibilidade de um aumento das taxas de juro perante uma aceleração da economia, o que penalizou sobretudo o índice tecnológico Nasdaq.

O Dow Jones escapou às perdas com um rally no final da sessão que deixou o índice 20 pontos acima da abertura, com 34.134,15. Já o Nasdaq registou o pior dia desde março ao perder 260 pontos, caindo para os 13.633,50, enquanto que o S&P 500 perdeu 0,67%, fechando o dia nos 4.164,66 pontos.

Dado o aquecimento da economia norte-americana, que tem recuperado a olhos vistos assente num programa de vacinação expedito e num pacote de estímulos generoso, a secretária do Tesouro dos EUA veio esta terça-feira admitir a possibilidade de subida das taxas de juro, de forma a evitar um aumento descontrolado da inflação.

“Apesar do acréscimo no consumo ser relativamente pequeno quando comparado com a economia no seu todo, este pode causar um aumento modesto nas taxas de juro”, afirmou Janet Yellen numa conferência promovida pela revista The Atlantic.

Estas afirmações geraram preocupação nos investidores, sobretudo no que toca ao sector tecnológico, que tem beneficiado consideravelmente dos mínimos históricos nas taxas de juro americanas, dado o atual baixo custo da dívida. Assim, as ‘FAANG’, compostas pelos valiosos títulos de Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google viram o dia fechar com quedas assinaláveis, com destaque para os quase 3% de queda na Amazon, cujas ações desvalorizaram cerca de 100 dólares (83,24 euros) e os quase 4% que perdeu a Apple.

Ainda em época de resultados, a Pfizer reportou receitas acima da expectativa dos mercados, mas a sua ação manteve-se relativamente inalterada no final da sessão. As preocupações com a subida da inflação aliadas, segundo alguns analistas, a um possível aumento de impostos no futuro próximo resultaram numa retração do mercado.

Trajetória bem diferente verifica-se no mercado petrolífero, com os barris de crude e brent a valorizarem perto de 2% durante a sessão de terça-feira. O barril de brent, a referência para o mercado nacional, negoceia agora a 68,92 dólares (57,37 euros).

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