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Natixis quer atingir 3.000 colaboradores até final de 2025

A meta foi apontada por Maurício Marques, diretor de Recursos Humanos da Natixis em Portugal, na Conferência Top Employers 2025, organizada pelo JE/Forbes. Airbus, Deco Proteste, Zurich e MSD também passaram no crivo e são Top Employers 2025. No Iseg partilharam algumas das suas boas práticas.
27 Fevereiro 2025, 07h00

Maurício Marques, diretor de Recursos Humanos da Natixis em Portugal, revelou na Conferência Top Employers 2025, esta quarta-feira, no ISEG, em Lisboa,  que o banco tem o “target até ao final do ano de atingir as 3.000 pessoas”. Atualmente emprega 2.600. 

“Algumas das competências do grupo estão já no Porto, não existem em Paris sequer, o que nos traz também muita responsabilidade”, afirmou.

A Natixis começou em 2017 no Porto, onde representa um dos maiores investimentos em recursos humanos realizados pelo Groupe BPCE, segundo maior banco francês, no mundo. O projeto junta, nas palavras de Maurício Marques, a “ingenuidade de startup com os processos de um banco estabelecido” e descreve “uma cultura centrada nas pessoas”, que promove “um ambiente de trabalho atrativo, motivador e adaptado às diferentes necessidades dos colaboradores”. 

A financeira segue um modelo de trabalho híbrido muito baseado nas necessidades dos departamentos, que têm autonomia para o fazer. “Em termos dos espaços de trabalho temos oportunidade de fazer diferente e temos espaços de trabalho que têm gerado reações muito positivas de quem nos visita”, adianta Maurício Marques.

Natixis, Airbus, Deco Proteste,  Zurich e MSD voltaram a passar no crivo do Top Employers Institute e são Top Employers 2025. Esta quarta-feira na Conferência Top Employers 2025, que decorreu no ISEG, em Lisboa, revelaram o que têm em comum e que as distingue de muitas outras empresas a operar em Portugal. Também falaram das tendências e dos desafios que se colocam às empresas.  

Com escritórios em Lisboa e no Porto, a Airbus Global Business Services (Airbus GBS) integra para cima de mil colaboradores de 47 nacionalidades.

Ana Figueiredo Lopes, Head of People & Culture, é defensora de que as empresas deem “mais flexibilidade e autonomia às pessoas”. “Temos que criar pertença, propósito e compromisso – só assim continuaremos a avançar para sermos uma organização de topo”, adianta. 

Outras certezas, para Ana Figueiredo Lopes, são: o futuro do trabalho centrado no ser humano e o fim do equilíbrio entre a vida pessoal e a vida profissional, que será substituído pela “integração” entre ambos.

A Deco Proteste é Top Employer pelo terceiro ano consecutivo. Susana Nunes, diretora de Recursos Humanos e Comunicação Interna, revela que as boas práticas incluem estratégia de pessoas e negócios, engagement escuta dos colaboradores, liderança com foco no desenvolvimento de líderes, organização para a mudança, apontado ao growth mindset e ética com integridade.

“Queremos continuar a ser uma referência”, adiantou, salientando o desafio que se prefigura: Precisamos de digital mindset” a todos os níveis.

Por seu turno, Nuno Oliveira, Chief People & Culture Officer da Zurich, diz que a seguradora vive um ciclo novo, “não apenas fruto da pandemia, mas porque entramos num novo ciclo de gestão que nos permitiu repensar a nossa visão e estratégia” em termos de recursos humanos.

A premissa da companhia é “tratarmos as nossas pessoas como queremos que tratem os nossos melhores parceiros”, pois o nosso negócio dos seguros “é de e para pessoas”.

O primeiro passou foi a mudança do próprio ambiente de trabalho. “É mais difícil mudar o mindset sem mudarmos em primeiro lugar o espaço físico de trabalho, que era mais distante e formal do que queríamos fomentar na nossa comunidade. Espaços de lazer e colaboração não estavam no topo das prioridades até então”, explica. O novo paradigma levou a seguradora a assumir o projeto “LIZboa”, de adaptar o seu próprio local de trabalho “de acordo com o modelo de trabalho que queríamos; normalmente o que se vê fazer é o contrário”, comenta.

Por sua vez, Filipa Figueira, HR Associated Director da farmacêutica MSD, referiu a existência na companhia de um programa de acolhimento e de integração para os jovens talentos, com coaching e roadmap de 12 meses para os trainees. “Faz toda a diferença em fomentar um sentimento de pertença e no desenvolvimento de todo o potencial da empresa”, salienta.

José Veríssimo, vice-presidente do ISEG, salientou, na sessão de encerramento, que o que move o ISEG como escola de gestão é “preparar as pessoas para que seja boas gestoras, mas que sejam gestores com princípios”.

 

com Paulo Marmé/Forbes

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