Os principais temas da agenda da próxima cimeira da NATO – em Vilnius, capital da Lituânia, a 11 e 12 de julho – são desesperantemente antigos, pelo menos do ponto de vista de alguns dos países envolvidos. Desde logo o alargamento da Aliança para incorporar a Ucrânia. Oficialmente, a NATO adianta, no sumário dos temas a debater na Lituânia, que “os aliados estão a fornecer um nível sem precedentes de apoio à Ucrânia” e que “todos concordam que a Ucrânia se tornará membro da NATO, que as portas permanecem abertas e que cabe à Ucrânia e aos aliados decidir sobre a adesão”. Mas não será bem assim: os Estados Unidos – e é claro para os 31 membros do agregado que nada se passa ali sem a concordância da Casa Branca – disseram que a Ucrânia não entrará na NATO, sob pena de, no dia seguinte, a guerra na Ucrânia tomar proporções necessariamente mundiais e os norte-americanos não estão disponíveis para correrem esse risco.
Ucrânia e Suécia de fora
Os estados que suportam a pretensão de Kiev de entrar de imediato – principalmente a Polónia e os países do Báltico, de que os anfitriões fazem parte – nada têm podido fazer e nada poderão fazer. O que acabará por emprestar à cimeira uma carga de constrangimento que será aplacada pelas promessas de apoio eterno enquanto dure a guerra e de entrada imediata quando ela acabar.
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