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Nestlé regista crescimento orgânico de 2,8% no primeiro trimestre

Fortes ações de preços e desempenho robusto em mercados emergentes, “apesar da volatilidade contínua” da envolvente marcaram os três primeiros meses da atividade da gigante suíça.
Nestlé, Suíça
24 Abril 2025, 12h38

A Nestlé divulgou esta quinta-feira em comunicado um crescimento orgânico das vendas de 2,8% para o primeiro trimestre de 2025, “impulsionado por fortes ações de preços e desempenho robusto em mercados emergentes, apesar da volatilidade contínua” da envolvente. As vendas totais reportadas aumentaram 2,3% em relação ao ano anterior, atingindo 22,6 mil milhões de francos suíços (27,93 mil milhões de euros), com os impactos cambiais a reduzirem as vendas em 0,5%. Já as fusões e aquisições contribuíram com 0,1% para o crescimento. De acordo com comunicado da empresa os ganhos de preços representaram 2,1% do crescimento, enquanto o crescimento interno real (RIG) contribuiu com 0,7%.

Em termos geográficos, o crescimento foi amplo, segundo o mesmo documento, com mercados maduros a crescerem 1,6% organicamente e mercados emergentes a expandirem a um ritmo mais forte de 4,5%, impulsionados principalmente pela política de preços.

As vendas na distribuição registaram um crescimento orgânico de 2,5%, enquanto os canais externos cresceram 6,6%, e as vendas de e-commerce aumentaram 15,1%, representando 20,1% do total de vendas do grupo.

O segmento de confeitaria liderou, com um crescimento orgânico de 8,9%, impulsionado por ações sobre os preços e fortes vendas da marca KitKat e da crescente linha de produtos de confeitaria à base de chocolate. Bebidas em pó e líquidas registaram um aumento de 5,2%, “em grande parte devido aos preços mais altos do café”. O café cresceu 5,1%, enquanto o segmento PetCare cresceu 1,6%, refletindo uma desaceleração na demanda da categoria, particularmente nos Estados Unidos, embora tenha continuado a ganhar quota de mercado. A venda de agua cresceu 2,9%, com fortes desempenhos das marcas S.Pellegrino e Acqua Panna, “embora a Perrier tenha enfrentado restrições de fornecimento”.

Nas Américas, a Nestlé reportou vendas estáveis de 9,7 mil milhões de euros, com crescimento orgânico de 1,9% (0,1% RIG e 1,7% em preços). A América do Norte manteve-se estável, registando um crescimento orgânico de 0,1%, enquanto a América Latina expandiu 5,1%, “impulsionada por um aumento de preços de 6,7%”. Fortes vendas de confeitaria no Brasil e um impulso em bebidas, especialmente Nescafé, contribuíram para o crescimento, embora as vendas de Coffee Mate tenham diminuído.

Na zona Ásia, Oceania e África, as vendas cresceram organicamente 3,1%, atingindo CHF 5,86 mil milhões de euros. As categorias de confeitaria e culinária, lideradas por KitKat e Maggi, apresentaram fortes desempenhos. África Central e Ocidental, Filipinas e Índia foram os principais contribuintes para o crescimento da região. A China registou um crescimento orgânico de 1,7%, “beneficiando-se do faseamento de vendas e do stock acumulado pelos distribuidores.

A Europa registou um crescimento orgânico de 2,4% em vendas, para os 4,7 mil milhões de euros, impulsionado pelo aumento de preços de 3% e uma ligeira queda de 0,6% no RIG. Confeitaria e café lideraram o crescimento, com fortes desempenhos de KitKat e produtos Starbucks. A marca PetCare também contribuiu, num segmento liderado pela Purina ProPlan e Purina ONE, “embora alimentos congelados continuassem a mostrar fraqueza” de vendas.

O gigante suíço de bens de consumo reafirmou a sua orientação para 2025, que inclui a melhoria no crescimento orgânico de vendas em relação a 2024 e uma margem operacional comercial subjacente igual ou superior a 16%.

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