[weglot_switcher]

Netflix: nova funcionalidade de reprodução de vídeos envolta em controvérsia

Esta função permite colocar o vídeo numa reprodução mais rápida ou mais lenta, mas tem sido bastante controversa no meio. Criadores, diretores e guionistas do setor opuseram-se deste o início a esta forma de visionar o conteúdo, sustentando que esta “distorce” o conteúdo.
3 Agosto 2020, 14h42

A plataforma de streaming Netflix apontou que vai avançar com uma nova funcionalidade que permite acelerar ou atrasar a reprodução de vídeos na aplicação, avança o “El Economista”. No ano passada, a plataforma já estava a testar a funcionalidade, mas não estava prevista data de lançamento, sabendo-se agora que vai estar disponível para os utilizadores já este ano.

Esta mesma função que permite colocar o vídeo numa reprodução mais rápida ou mais lenta, mas tem sido bastante controversa no meio. Criadores, diretores e guionistas do setor opuseram-se deste o início a esta forma de visionar o conteúdo, sustentando que esta “distorce a peça”.

A Netflix, por sua vez, alega que os utilizadores vão apreciar a flexibilidade na oferta, onde vão poder tomar a decisão de diminuir a velocidade às suas cenas preferidas ou acelerar aquelas em que têm menos interesse. A empresa de Reed Hastings apontou que as associações norte-americanos de surdos e cegos mostram-se satisfeitos com esta ferramenta.

“Os nossos testes mostram que os consumidores valorizam a flexibilidade que esta oferece, seja ao assistir uma cena favorita ou diminuir a velocidade em cenas que estão a ver com legendas ou porque têm dificuldades auditivas”, disse a vice-presidente de inovação de produtos da Netflix ao “The Verge”.

Segundo a empresa, a velocidade mais baixa permitida é de 0,5, enquanto a mais rápida vai até 1,5. Assim, os utilizadores da plataforma no smartphone vão poder escolher entre cinco velocidades diferentes: 0,5x, 0,75x, 1x, 1,25x e 1,5x.

A implementação da função deverá iniciar-se esta segunda-feira, mas será gradual, chegando primeiramente aos smartphones Android e só depois iOS. Até à data, não se sabe em quantos dispositivos é que a empresa de conteúdos de streaming irá testar a funcionalidade.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.