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Neto de Rui Nabeiro explica como o grupo criou a Delta Q

Rui Miguel Nabeiro, administrador do Grupo Delta Cafés e um dos responsáveis pela marca Delta Q, um projeto que idealizou e acompanhou desde o início, explicou no Funchal como surgiu a nova marca e o novo produto no grupo criado pelo seu avô Rui Nabeiro.
20 Maio 2017, 11h14

Foi ontem à tarde, no debate “A Evolução dos Modelos de Negócio”, que decorreu no Centro de Congressos da Madeira, no âmbito do Dia do Empresário Madeirense, uma iniciativa da ACIF – Câmara de Comércio e Indústria da Madeira.

A liderar o setor no seu segmento, o empresário recordou que a dado momento apercebem-se que o consumidor queria ser parte no processo, a exemplo do que fazia uma grande multinacional com a produção e comercialização de cápsulas com café prontas a usar.

Os primeiros tempos não correram como esperavam num segmento que não dominavam. Uma ida a Lisboa com o avô a um evento ligado a cafés foi a alavanca necessária para que no regresso a casa tomassem as diligências necessárias para reorientar o projeto.

Confidenciou que em janeiro de 2007 criaram uma nova unidade e foram buscar gente nova, com ideias mais frescas. Em outubro desse ano, as cápsulas da Delta Q estavam no mercado.

Disse que foi um projeto feito 100% feito em “casa” e que constitui uma aposta ganha. Não só contribuiu para melhorar o negócio de cápsulas em Portugal como é hoje o motor da expansão internacional do grupo.

 

 

Bernardo Trindade

 

Outro dos intervenientes no debate foi Bernardo Trindade. Embora estive no palco na qualidade de presidente da Portugal In, por também ser administrador do Grupo PortoBay, foi questionado pelos moderadores acerca da evolução do negócio no grupo, que integra um setor importante na economia da Madeira.

Bernardo Trindade referiu que há algum tempo, os hotéis estavam fortemente dependentes da intermediação, ou seja, estavam quase nas mãos de intermediários, os operadores turísticos e as agências de viagens, que contratavam os componentes do pacote que chegava ao cliente pronto a consumir, mas dava pouca margem de escolha ao cliente final. Contudo, disse que a internet veio revolucionar a oferta na medida em que o cliente final passou a ter a escolha direta do produto para onde queria ir, quer seja do hotel ou mesmo do transporte para chegar do ponto A ao ponto B.

No entanto, evidenciou que a internet também trouxe outra vertente com os auditores de qualidade em tempo real que são os próprios clientes com o seus reviews nos portais de viagens e mesmo nas páginas dos hotéis, o que veio obrigar a um cuidado muito atento e permanente com o serviço prestado. “A nossa relação com a verdade tem de ser com o cliente”, complementou Bernardo Trindade.

Fora do âmbito PortoBay, o hoteleiro reconheceu que no caso concreto da Madeira, pelo facto de surgirem no mercado novos investimentos hoteleiros a curto prazo vai contribuir para absorver alguma mão-de-obra.

Em relação ao Portugal In disse ser uma plataforma de atração e facilitadora para captar investimentos de origens como de Inglaterra, em que o Brexit vai acabar por mexer e motivar deslocalizações de empresas e de pessoas.

Uma última nota para referir que debate contou ainda com as intervenções de Rui Manuel Teixeira, administrador executivo do Millennium BCP, de José Manuel Bernardo, presidente da PwC, e de Pedro Abrunhosa, cantor, compositor e empresário.

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