Na era do imediato, do nanossegundo, invocar o tempo longo pode parecer uma provocação fácil. Mas só poderemos perceber aquele em contraste com este. Por vezes, a partir de fotografias “foleiras”, como as de aniversário, umas mais desfocadas, outras mais bem conseguidas, que povoam os álbuns guardados por pais e avós. Noutros casos, afortunadamente, fazemos esse exercício a partir das imagens captadas metodicamente, num ritual que se repete todos os anos ao longo de 48 anos.
Falamos da lente de Nicholas Nixon, renomado fotógrafo norte-americano, e da série “The Brown Sisters” [As Irmãs Brown], na qual captou ao longo de outros tantos anos (1975-2022) o tempo longo no corpo e rosto de quatro irmãs, uma das quais a sua mulher, Bebe.
Sempre pela mesma ordem, as quatro enfrentam a câmara, sempre a mesma câmara. Daqui resultou uma série que percorreu o mundo, que foi exibida nos mais prestigiados museus de arte contemporânea e que, em parte, valeu a Nixon a sua imensa notoriedade. “The Brown Sisters” é apenas um dos muitos trabalhos que integram a exposição “Nicholas Nixon – Coleções Fundación MAPFRE”, patente no Centro Cultural de Cascais até 16 de fevereiro.
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