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Nike aumenta vendas em 16% mas reduz previsões devido a interrupções na cadeia de abastecimento

O resultado líquido aumentou 23% para 1,8 milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) e a margem bruta melhorou 170 pontos base, para 46,5%. “A Nike é uma empresa em crescimento com uma oportunidade de mercado maior do que nunca”, disse Matt Friend, diretor financeiro do grupo.
24 Setembro 2021, 16h06

Entre junho e agosto, a gigante norte-americana de roupa desportiva faturou 12,2 mil milhões de dólares (10,4 mil milhões de euros), 16% mais que no mesmo período do ano anterior. No entanto, as interrupções à cadeia de abastecimento levaram o grupo a reduzir as suas previsões para 2021, segundo um relatório divulgado pela marca esta sexta-feira, dia 24 de setembro.

O resultado líquido aumentou 23% para 1,8 milhões de dólares (1,5 mil milhões de euros) e a margem bruta melhorou 170 pontos base, para 46,5%. “A Nike é uma empresa em crescimento com uma oportunidade de mercado maior do que nunca”, disse Matt Friend, diretor financeiro do grupo.

Para o ano fiscal de 2022, a Nike antecipa um crescimento de um dígito, contra o aumento de dois dígitos que previa anteriormente, devido a interrupções na cadeia de valor. No segundo trimestre, o grupo espera fechar em linha ou com uma “leve queda” em relação ao ano anterior.

Especificamente, a Nike menciona três fatores: dez semanas de produção já foram perdidas no Vietname, que as fábricas serão reabertas progressivamente em outubro, com retorno à plena capacidade nos próximos meses, e o aumento do tempo de transporte da mercadoria.

O grupo prevê que todas as geografias serão impactadas por esses fatores, embora os países da Ásia com menos stock em trânsito no final do primeiro trimestre experimentem “um impacto desproporcional” no segundo trimestre.

No primeiro trimestre, a empresa melhorou a sua receita em todos os canais, impulsionada por um crescimento de 28% nas vendas diretas ao consumidor final – o grande objetivo do seu plano estratégico, para 4,7 mil milhões de dólares (4 mil milhões de euros).

O canal digital foi mais uma vez mais um dos motores de crescimento. O negócio digital da marca Nike cresceu 29%, graças ao dinamismo da América do Norte, com um aumento de 43% no primeiro trimestre.

No total, a América do Norte contribuiu com 4,8 mil milhões de dólares (4,1 mil milhões euros) em vendas, 15% a mais que no mesmo período do ano anterior. Europa, Médio Oriente e África melhoraram 14%, para 3,3 mil milhões de dólares (2,8 mil milhões de euros), enquanto a China apresentou um crescimento de 11% (muito beneficiada pelo câmbio), para 1,9 mil milhões de dólares (1,6 mil milhões de euros).

Ásia Pacífico e América do Sul registaram os maiores crescimentos, mas continuam com menor peso nas vendas, com uma faturação correspondente a 1,4 milhões de dólares (1,1 mil milhões de euros), 33% a mais que no ano anterior.

Apesar dos resultados, os investidores em Wall Street não se mostraram muito animados e, em consequência, as ações da Nike estão a desvalorizar 6,61%.

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