Nike e Adidas são as mais bem posicionadas para vencer o Euro 2024

A indústria do futebol reúne-se na Alemanha de 14 de junho a 14 de julho para o Euro 2024 e terá com 51 partidas, que, esperam os patrocinadores, os jogadores e respetivos corpos técnicos, adeptos e demais interessados, será um dos eventos globais mais assistidos do ano. Os stakeholders, portanto, contando-se entre eles como dos mais interessados os fabricantes das sapatilhas, que, dependendo dos resultados, jogam ali o sucesso ou o insucesso dos enormes investimentos que fazem antecipadamente.

Às marcas AliExpress, HiSense, Lidl, Coca-Cola, Bitburger e Wiesenhof, juntam-se Nike e Adidas, entre outras, que todas se encontram naquela plataforma global para promover os seus produtos. Como chama a atenção um research da consultora DBRS, “todos os patrocinadores beneficiam do reconhecimento da marca, mas aqueles cujas equipas progredirem mais no torneio serão as mais beneficiadas”.

Com base nas probabilidades de apostas atuais – não se sabe se desta vez haverá um octópode a baralhar as previsões – Inglaterra, França, Alemanha e Portugal têm as melhores hipóteses de vencerem o torneio. Três dessas equipas (Inglaterra, França e Portugal) ‘jogam’ a favor da Nike, o que leva os analistas da consultora a afirmar que a marca “tem a melhor chance de ter uma ou até mesmo duas equipas na final, capturando cerca de 300 milhões de pares de olhos focados (possivelmente sem se aperceberem) na sua marca.

Cada uma das 24 equipas que disputam o Euro 2024 são patrocinados por uma das seis marcas globais – Nike, Adidas, Puma, Joma, Macron ou Hummel – com valores de patrocínio anual que variam entre 1,2 milhões de dólares (Eslováquia) até mais de 50 milhões (França e Alemanha). Mas, neste particular, os valores são dominados pela Nike e pela Adidas (também uma das empresas globalmente patrocinadora do Euro 2024), que patrocinam coletivamente quase dois terços das formações em competição. A Nike lidera, com nove das 24 equipas (37,5%), seguida pela Adidas, com seis equipas (25%). A Puma surge em terceiro, seguindo-se a Joma e a Macron e por fim a Hummel.

Ao avaliar com quem fazer parceria e o valor dos acordos de patrocínio, os patrocinadores, diz a consultora, consideram vários fatores, Um deles é “a força da equipa”. Cada uma jogará no mínimo três partidas e até quatro partidas adicionais. “Assim, como mais espectadores assistem a cada jogo, haverá mais atenção às marcas das equipas que apresentam melhor desempenho em campo. Inglaterra, França e Alemanha, as mais cotadas, têm os melhores acordos de patrocínio, “no valor de 43 milhões de dólares, 54 milhões e 54 milhões, respetivamente). Portugal só tem 8,3 milhões.

Outro dos fatores é o histórico de sucesso: os patrocinadores esforçam-se por se verem associados a equipas que se qualificam de forma consistente para torneios de alto nível. França, Alemanha e Itália, que historicamente estão entre as equipas de maior sucesso no Euro, lideram assim em termos do valor anual dos patrocínios.

Há depois a popularidade dos melhores jogadores, que conseguem levar os seus batalhões de fãs a fazer qualquer coisa, mesmo que pouco recomendável. Jogadores como Jude Bellingham pela Inglaterra, Kylian Mbappé pela França e Cristiano Ronaldo por Portugal ajudam diretamente as suas equipas a garantir patrocínios lucrativos.

O alcance global é também um indicador. Impacto social, presença nos media, apoiantes internacionais e a presença em múltiplos mercados também atrai aos patrocinadores. Segundo a consultora, França, Inglaterra e Alemanha, cujos patrocínios ocupam o topo, angariam alguns dos maiores seguidores nas redes sociais de todas as 24 equipas, com aproximadamente 43 milhões, 34 milhões e 25 milhões de seguidores, respetivamente.

Um cenário de sonho para qualquer marca desportiva seria patrocinar duas equipas na final e conquistar o título. “Realisticamente, a Nike e a Adidas são os únicos dois patrocinadores com hipótese de alcançar esse cenário ideal (a menos, é claro, que os especialistas estejam errados)”. Ao patrocinar a Inglaterra, França e Portugal, três dos quatro favoritos para vencer o torneio, “acreditamos que a Nike tenha a melhor hipótese de representar a equipa vencedora e poderia capitalizar ainda mais com marketing e publicidade”. Neste caso, a frase ‘que ganhe o melhor’ não se aplica – talvez ‘que ganhe o mais bem calçado’.