A Nokia está prestes a ganhar o contrato para fornecimento de equipamento de rádio 5G à operadora de telecomunicações MEO. A empresa finlandesa estará preparada para garantir o acordo com a Altice Portugal, embora os equipamentos 2G, 3G e 4G Radio Access Network (RAN) sejam atualmente comprados apenas à chinesa Huawei.
Os principais termos do acordo estão definidos, mas o anúncio só deverá acontecer no próximo mês de junho, uma vez que não foi assinado. A notícia é avançada esta terça-feira pela “Reuters“, que cita uma publicação interna no blog da Nokia e duas fontes conhecedoras do assunto.
“Nos últimos anos, a MEO tem sido fornecida em RAN apenas pela Huawei. Por outras palavras, a Huawei tem tido uma quota de mercado de 100% em 2G/3G/4G. Fomos agora selecionados para substituir a Huawei nalguns dos principais mercados em Portugal”, escreveu o presidente de redes móveis da Nokia, Tommi Uitto, na publicação consultada pela agência noticiosa.
Há precisamente um ano, o Conselho Superior de Segurança do Ciberespaço aprovou uma deliberação que exclui das redes 5G portuguesas as empresas chinesas, russas, indianas e de outras geografias que não sejam a Europa, os EUA e outros países da OCDE, conforme noticiou o Jornal Económico. Meses mais tarde, a Comissão Europeia disse que cabia aos estados-membros decidir as fabricantes que querem, mas apoiou o entendimento de Portugal e admitiu “algum problema” com a Huawei. A tecnológica chinesa retorquiu que as declarações não se baseavam numa “avaliação verificada, transparente, objetiva e técnica” das redes 5G.
Recentemente, o CEO da Nokia Portugal esteve no 33º congresso da APDC – Associação Portuguesa para o Desenvolvimento das Comunicações, em Lisboa, e disse que o sector das telecomunicações está a entrar numa nova era no que diz respeito às redes de nova geração: a monetização, um processo que não tem sido fácil para esta indústria. “Por um lado, tem-se vindo a investir nas redes fixas e móveis para o crescimento do tráfego. Por outro lado, as receitas para este sector têm crescido a uma taxa de 1%. A indústria tem tido dificuldade em monetizar a conectividade”, explicou Sérgio Catalão.
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