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Norte-americanos preparados para invadir a Venezuela?

Esta segunda-feira, o vice-presidente norte-americano reúne-se com o chamado Grupo de Lima, com a presença de vários países da América Latina e do próprio Juan Guaidó.
25 Fevereiro 2019, 16h23

O Grupo de Lima, que representa 12 países das Américas, reúne hoje em Bogotá, na Colômbia. A reunião realiza-se após um fim de semana de violência nas fronteiras da Venezuela com a Colômbia e o Brasil, com um saldo de pelo menos quatro mortos e centenas de feridos, quando a oposição ao regime do Presidente venezuelano, Nicolás Maduro, tentou fazer entrar no país ajuda humanitária.

Maduro justifica a recusa da ajuda humanitária por considerar que se trata de uma ação de propaganda política da oposição e um primeiro passo para uma invasão estrangeira.

No rescaldo da violência, Juan Guaidó anunciou que irá pedir formalmente à comunidade internacional que mantenha “abertas todas as opções para conseguir a libertação” da Venezuela. E os Estados Unidos responderam anunciando que não descartam a possibilidade de uma intervenção militar no país.

“Dissemos que todas as opções estão em cima da mesa e vamos fazer aquilo que precisa de ser feito, para garantir que a voz do povo venezuelano e a democracia reinam, e para que possa haver um futuro mais brilhante para o povo da Venezuela”, disse Mike Pence, vice-presidente norte-americano, em entrevista à Fox News.

Em reação, o ministro dos Negócios Estrangeiros venezuelano, Jorge Arreaza, disse que os EUA estão “desesperados” em busca de um “pretexto para a guerra”.

Portugal opõe-se a uma intervenção militar 

Portugal, que participa neste encontro na qualidade de observador,  está contra uma intervenção militar na Venezuela.

“Para nós, a solução política de que a Venezuela carece não se obtém através de uma intervenção externa. Essa intervenção só agravaria ainda mais o problema. Há países que têm dito que todas as soluções estão em cima da mesa. Não é essa a posição da União Europeia. Nós achamos que a solução por via de uma confrontação interna não é solução, e a solução por via de uma solução externa também não é solução”, declarou o ministro português Augusto Santos Silva à Lusa.

O Grupo de Lima foi formado em 2017 e reúne responsáveis diplomáticos de governos de 12 países da América, (Argentina, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia, Costa Rica, Guatemala, Honduras, México, Panamá, Paraguai e Peru) e ainda é apoiado por outros países e organizações como os Estados Unidos e a União Europeia.

 

 

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