Portugal celebra este domingo o segundo aniversário da rede móvel de quinta geração (5G) e a NOS, que foi a primeira operadora de telecomunicações a disponibilizar a tecnologia no país, está a comemorar com o lançamento de um novo core de dados para 5G, o Stand Alone (SA), também conhecido internacionalmente como 5G “puro”.
A nova arquitetura de dados, chamada “Core 5G SA”, foi criada em parceria com a Nokia e com a Ericsson, que se encarregou da componente de voz e perfil de cliente. A primeira sessão de dados em Portugal, o teste a este sistema, ocorreu a 27 de setembro, informou esta sexta-feira a empresa liderada por Miguel Almeida.
A latência (“demora”) ultrabaixa disponibilizada, inferior a 10 milissegundos (ms), melhora aplicações que requerem interação em tempo real, nomeadamente de realidade aumentada/virtual, gaming ou mesmo o controlo remoto de aparelhos eletrónicos e a condução autónoma, que ainda se encontra em processo de implementação bastante embrionário na Europa.
A telecom dá também o exemplo de que uma fábrica pode ter dois serviços independentes, chamados “slices”, sendo que um é para a conectividade das máquinas (e questões de velocidade/latência, ou isolamento) e outro para a restante ligação corporativa (acesso à internet, email, entre outros).
O que o 5G SA? É uma versão do 5G exclusivamente assente “em infraestruturas construídas de raiz, que promete velocidades muito mais elevadas, latência ultrabaixa, maior fiabilidade e segurança”, de acordo com o Portal 5G. “Dado serem totalmente independentes da rede 4G, elas irão alargar o leque de possibilidades do 5G – de veículos autónomos a sensores de monitorização de edifícios, de smartphones a semáforos inteligentes ligados em simultâneo. E, uma vez que são cloud native, as redes autónomas podem ainda ser atualizadas e geridas muito mais facilmente”, explica o portal criado pela Anacom.
“O desenvolvimento da quinta geração de redes móveis tem sido, ao longo destes dois anos, um vetor estratégico para a NOS, representando um investimento até ao momento de cerca de 420 milhões de euros, prevendo-se mais 110 milhões de euros nos próximos anos”, afirmou o Chief Technology & Information Officer da NOS, Jorge Graça, enumerando ainda as 4.200 estações base e uma cobertura superior a 93% da população portuguesa.
Segundo a NOS, um em cada quatro dos seus clientes tem equipamento 5G e, dessa amostra, a maioria (84%) utiliza a tecnologia frequentemente. Na vertente empresarial, a operadora assinou acordos para mais de 500 projetos 5G/IoT – Internet das Coisas, em organizações de áreas que vão da saúde ao retalho.
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