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NOS mantém dividendo por ação nos 27,8 cêntimos

A NOS anunciou esta quarta-feira que lucrou 92 milhões de euros em 2020, um valor que apesar de estar acima das previsões dos analistas representa uma quebra homóloga de 35,9%.
  • Presidente executivo da NOS, Miguel Almeida
10 Março 2021, 19h36

O conselho de administração da NOS vai propor aos acionistas manter o dividendo por ação nos 27,8 cêntimos, face as contas de 2020. A NOS anunciou esta quarta-feira que lucrou 92 milhões de euros em 2020, um valor que apesar de estar acima das previsões dos analistas representa uma quebra homóloga de 35,9%. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) caiu 5,7%, para 603,2 milhões de euros.

O dividendo que equipa de Miguel Almeida vai propor aos acionistas representa uma distribuição de 32% do free cash flow gerado após juros e impostos em 2020, mas está dependente da aprovação em assembleia geral de acionistas. A proposta de remuneração por ação aos acionistas representa 156% dos lucros de 92 milhões de euros em 2020.

Em comunicado, a NOS explica que “a manutenção do dividendo face ao ano anterior deve-se à geração de free cash flow adicional em 2020, com a venda da NOS Towering”. A alienação da empresa que gere as torres de telecomunicações permitiu “complementar os resultados com cerca de 10% do proveito desta operação”.

“Com esta proposta, o conselho de administração procura manter um equilíbrio estratégico entre a preservação de uma sólida estrutura de capital e a capacidade de enfrentar os desafios de investimento futuro em 5G, com o sentido de compromisso para com toda a sua base acionista”, conclui o comunicado relativo às contas do operador”.

O dividendo proposto está em linha com o verificado no ano transato, representando fixando o dividend yield da NOS de aproximadamente 10%. Em 2019, a NOS aprovou um dividendo por ação de 27,8 cêntimos, representando 100% do resultado líquido de 2019 e um divdend yield de 6,3% à data da divulgação de resultados. Naquele ano, a NOS registou um resultado líquido de 143,5 milhões de euros.

A empresa assegura que, após o pagamento deste dividendo, continuará abaixo do seu alvo de um rácio de dívida financeira líquida face ao EBITDA após leasings de 2x, “estando assim solidamente posicionada para enfrentar investimentos futuros”.

A estrutura de capital da NOS encontra-se dentro do limiar de 2x a dívida financeira líquida face ao EBITDA após leasings. A NOS tem como alvo um rácio de alavancagem financeira na ordem das 2x dívida financeira líquida face ao EBITDA após leasings, para manter uma estrutura de capital sólida e conservadora.

No final de dezembro de 2020, a dívida financeira líquida da NOS ascendia a 802 milhões de euros, o que se traduz numa redução da dívida em 26,7% face a dezembro de 2019. O valor representa 1,5x o EBITDA após leasings, “um rácio conservador face às congéneres do sector”.

A telecom também recorre à alienação da NOS Towering para justificar a forte redução da dívida. “A redução acentuada da dívida financeira líquida relaciona-se com o recebimento do pagamento proveniente da alienação da NOS Towering no final do terceiro trimestre de 2020”, lê-se.

A maturidade média da dívida da NOS, no final do exercício de 2020, era de 2,5 anos. Considerando, os empréstimos emitidos a uma taxa fixa e as operações de cobertura de taxa de juro em vigor, à data de 31 de dezembro de 2020, NOS garante que a proporção da dívida emitida remunerada a uma taxa fixa era de aproximadamente 100%.

A NOS encerrou a sessão bolsista desta quarta-feira a valorizar 2,53%, para 2,84 euros.

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