Histórias falsas que aparentam ser notícias, espalhadas pela internet ou nas redes sociais, geralmente criadas como piadas ou com o objetivo de influenciar ideologias políticas. Esta é definição que o Cambride Dictionary dá ao fenómeno conhecido por fake news.
Segundo o site espanhol “Expansión”, as fake news, citando um estudo do MIT, têm 70% mais probabilidades de serem partilhadas na internet do que as notícias verdadeiras, propagando-se, por isso, mais rapidamente e chegando a uma audiência maior. Um estudo levado a cabo pela Buzzfeed concluiu que as fake news tiveram mais interacções no Facebook do que as dos meios de comunicação com maior reputação, por exemplo, o “New York Times” ou o “The Washington Post”.
Esse é talvez o maior problema que as fake news: a disseminação desenfreada da desinformação. Mark Zuckerberg, criador e CEO do Facebook, quando apareceu diante do Senado norte-americano em abril passado, afirmou que se criaram na sua rede social cerca 80 mil publicações falsas, que chegaram a 120 milhões de americanos.
Face ao perigo desta tendência, urge saber como proteger a sociedade deste problema.
Um projeto desenvolvido pelo London School of Economics (LSE) criou um plano de ataque à propagação de fake news que coloca em conjunto a atuação de vários agentes de mercado de confiança.
Num ciclo permanente, mecanismos como a pressão de publicações e agentes de publicidade, aliada à diminuição de retruibuição de produtores de fake news, suportados numa melhoria da qualidade dos conteúdos nas redes sociais e aumentando o espírito crítico de quem lê os média, o LSE considera ser possível combater este fenómeno.
A escola inglesa considera ser ainda necessário implementar nas empresas novos códigos de conduta, em especial nas agências de publicidade para não estarem associadas às fake news, financiar a literacia dos leitores dos média e pôr em prática fact checking & flagging – rever e sinalizar – todos os conteúdos publicados nas redes sociais.
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