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Nova afirmação de Trump levanta receios na Europa. PSI 20 cai penalizado por papeleiras e BCP

Principal índice bolsista português perde 0,71%, para 5.163,29 pontos. Nos principais mercados europeus, a atitude de o presidente dos EUA acusar a China de ter “quebrado o acordo” comercial – algo que ainda está a ser negociado entre as duas maiores potências económicas – levantou novos receios.
9 Maio 2019, 09h30

O principal índice bolsista português (PSI 20) negoceia a perder 0,71%, para 5.163,29 pontos, em linha com as principais congéneres europeias esta quinta-feira, 9 de maio – é o oitavo dia consecutivo que o PSI 20 está a negociar no vermelho. Os investidores europeus estão a reagir aos desenvolvimentos mais recentes na relação comercial entres Estados Unidos e a China.

Em Lisboa, as desvalorizações dos títulos de Altri (-2,14%), BCP (-2,05%), Semapa (-1,60%), Mota-Engil (-1,45%), Navigator (-0,82%) e CTT (-1,08%) marcam a tendência.

O BCP é um dos destaques da sessão, uma vez que o banco liderado por Miguel Almeida apresenta resultados relativos ao primeiro trimestre do ano após o fecho do mercado. De acordo com o Diário da Bolsa do BPI, “o CaixaBank Research espera bons resultados, impulsionados pela evolução da carteira de obrigações” durante janeiro e março deste ano.

Também a papeleira Navigator apresenta esta quinta-feira as contas relativas aos primeiros três meses do ano. “As estimativas do CaixaBank BPI Research apontam para receitas no valor de 421 milhões de euros, um EBITDA de 109 milhões e um resultado líquido de 52 milhões de euros”, lê-se no Diário da Bolsa do BPI.

A telecom Nos também é destaque neste sessão, depois de ter apresentado os primeiros resultados trimestrais de 2019 na quarta-feira. A empresa de telecomunicações apresentou um crescimento de 21,5% nos lucros, para 42,5 milhões de euros, superando as previsões de analistas. À apresentação das contas, acresce ainda a continuação da gestão de Miguel Almeida, deliberada em assembleia geral de acionistas. A Nos perde 1,62%, para 5,75 euros.

Ainda no PSI 20, os investidores também reagem aos primeiros resultados trimestrais da empresas cotada Corticeira Amorim, apresentados ontem após o fecho do mercado. A Corticeira Amorim registou lucros de 18,6 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma redução de 1,1% face ao mesmo período de 2018, divulgou esta quarta-feira a empresa.

Em contraciclo, mas incapazes de inverter a tendência estão os ganhos do grupo EDP, da Sonae Capital e Pharol.

Entre as principais praças europeias a tendência é de queda generalizada, provocada pelos recentes acontecimentos na relação comercial entre EUA e a China. As últimas declarações de Donald Trump provocaram uma onda de pessimismo, com o presidente dos EUA a acusar a China de ter “quebrado o acordo” comercial – algo que ainda está a ser negociado entre as duas maiores potências económicas.

Entretanto, a Pequim deu sinais que vai retaliar caso Washington suba as taxas alfandegárias sobre bens importados da China, na véspera de uma ronda negocial decisiva para pôr fim à guerra comercial entre os dois países. O ministério chinês do Comércio fez saber que será forçado a tomar as “contramedidas necessárias”, caso  Donald Trump cumpra com a sua promessa e aumente, de 10% para 25%, as taxas alfandegárias sobre o equivalente a 200 mil milhões de dólares (178,4 mil milhões de euros) de bens importados do país asiático.

As autoridades chinesas, que não detalharam quais serão as medidas retaliatórias, ressalvaram que o escalar das disputas “não é do interesse” dos dois países ou do mundo.

[Dados das 8h25]

 

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