Nova SBE lança ‘think tank’ sobre liderança feminina no turismo e hospitalidade

A Nova School of Business and Economics (Nova SBE) anuncia, esta terça-feira, o lançamento do Think Tank on Women in Tourism & Hospitality Leadership, uma iniciativa dedicada a “compreender e potenciar” o contributo do Instituto Westmont Turismo & Hospitalidade na redução da disparidade de género nas lideranças num sector central para o desenvolvimento económico: o turismo e a hospitalidade.

As mulheres representam cerca de 54% da força de trabalho nesta indústria, mas menos de 30% ocupam cargos de gestão e percentagens ainda menores nos cargos executivos de topo.  Estudos recentes sobre o tema referem que as empresas com maior diversidade de género nas lideranças executivas têm até 21% mais probabilidade de superar os seus pares em rentabilidade e que as  organizações com maior equilíbrio de género relatam até 20% mais receitas provenientes da inovação.

Apesar disso, a ascensão feminina a cargos de topo permanece um desafio, afirma a NOVA SBE, reafirmando a necessidade de “uma transformação estrutural na liderança para promover uma indústria mais justa, inovadora e competitiva”.

É com este pano de fundo que nasce o Think Tank on Women in Tourism & Hospitality Leadership – “um espaço de reflexão orientado para a ação, reunindo representantes nacionais e internacionais para debater cada um destes fatores que perpetuam a disparidade nas lideranças”. O grupo multidisciplinar é composto por 23 elementos, entre investigadoras, líderes do sector, empreendedoras e especialistas em sustentabilidade , e visa criar “uma comunidade ativa dedicada à reflexão crítica e à implementação de iniciativas concretas que acelerem a presença de mais mulheres em posições de liderança” no turismo e na hospitalidade. 

A primeira iniciativa teve lugar esta segunda-feira, 19 de maio, destacando-se a presença de Alyshia Mangalji, vice-presidente para a Europa e África do Westmont Hospitality Group, Arin N. Reeves, autora e consultora especializada em liderança, equidade, inovação e bem-estar organizacional, e Jenny Hoobler, professora da Nova SBE, diretora Académica do Centro de Conhecimento Liderança para o Impacto, especialista em temas de diversidade, inclusão e equilíbrio trabalho-família.

A reflexão centrou-se nas quatro barreiras que perpetuam a disparidade de género nas lideranças: “A Trabalhadora 24/7” (baseada nos estudos da Prémio Nobel da Economia Claudia Goldin sobre o desequilíbrio após a maternidade e o impacto dos chamados ‘greedy jobs’, bem como no estudo da Fundação Francisco Manuel dos Santos “As mulheres hoje, em Portugal”); “A Líder Ideal”, que evidencia a existência de preconceitos e estereótipos organizacionais sobre liderança; “A Síndrome do Impostor”, que inibe muitas mulheres de se candidatarem ou aceitarem posições de maior responsabilidade, incluindo as consequências qualitativas pós-quotas e “A Gestão da Energia”, um conceito ainda pouco explorado, mas fundamental para enfrentar os desafios contextuais e manter a produtividade feminina.

Durante a reflexão foram propostas várias soluções de impacto, que integrarão o Plano de Ação do instituto: desde o avanço do conhecimento científico com uma perspetiva sistémica, à identificação de metodologias de apoio às mulheres nas suas múltiplas facetas, passando por ciclos de role modeling, programas de mentoria e iniciativas que promovam a consciência individual e transformem a cultura organizacional.

O Think Tank on Women in Tourism & Hospitality Leadership associa-se ainda às iniciativas Portugal Women’s Network e TNEWS, bem como às diversas áreas do ecossistema da Nova SBE que trabalham comunidade e impacto: Ecossistema de Inovação, Conferências do Estoril, Centro de Conhecimento Liderança para o Impacto, e os departamentos de Diversidade, Equidade e Inclusão e de Envolvimento com a Comunidade.

“Acreditamos que promover a liderança feminina no turismo e na hospitalidade é essencial, não apenas para corrigir desequilíbrios históricos, mas também para impulsionar a inovação, a sustentabilidade e o crescimento económico do setor. A Nova SBE orgulha-se de liderar este debate e de criar espaços que fomentem a colaboração entre a indústria, a academia e a comunidade, potenciando soluções capazes de gerar uma transformação real”, afirma Daniela Afonso, diretora executiva da WiTH da Nova SBE.