[weglot_switcher]

Nova sondagem mantém empate técnico entre PS e PSD

Os dois maiores partidos descem nas intenções de voto, com Chega, Iniciativa Liberal, PAN e CDS em sentido oposto, na primeira sondagem do CESOP para o Público, RTP e Antena 1 desde o início da mais recente crise política.
28 Novembro 2023, 08h54

Desde a conquista da maioria absoluta, a 30 de janeiro do ano passado, que o PS tem vindo a cair nas intenções de voto, com o PSD a manter-se perto dos 30%, mas sem conseguir capitalizar da descida dos socialistas. Os dois partidos perderam juntos 8 p.p., com Chega, Iniciativa Liberal, PAN e CDS a seguir em sentido contrário. O partido liderado por André Ventura sobe 6 p.p. (16%), mantendo-se como terceira maior força política; a Iniciativa Liberal cresce dois p.p. (9%); PAN e CDS sobem um p.p., ambos para 2%.

Bloco de Esquerda e PCP são os dois partidos que não conseguiram capitalizar da crise política instalada. Os antigos parceiros de geringonça descem nas intenções de voto: os bloquistas descem de 7% para 6% e os comunistas de 4% para 3%. O Livre é o único partido que mantém as intenções de voto em relação à última sondagem: 2%.

A taxa de indecisos registada na sondagem é elevada, com 22% dos potenciais eleitores sem terem uma posição ainda cristalizada sobre a intenção de voto. O valor subiu 4 p.p. em relação a 18%. A CESOP optou por distribuir os indecisos, incluindo os que manifestaram intenção de voto, apesar de não terem a certeza de que votarão a 10 de março. O facto de ainda não haver um líder do PS no momento em que foi realizada a sondagem também foi tido em conta na distribuição dos indecisos. Se a distribuição tivesse sido feita de forma habitual, a diferença entre PS e PSD seria maior, com vantagem para os sociais-democratas: 31% contra 26%.

A sondagem do CESOP para o Público, RTP e Antena 1 foi realizada entre 16 e 24 de novembro, já depois da demissão de António Costa, a 7 de novembro, no seguimento das buscas à residência oficial do primeiro-ministro e outros gabinetes governamentais na Operação Influencer. Nesse dia, foram detidos Vítor Escária, chefe de gabinete de António Costa, e Diogo Lacerda Machado, melhor amigo de Costa. Ambos foram constituídos arguidos, juntamente com João Galamba, ex-ministro das Infraestruturas.

Dois dias depois das buscas, detenções e demissão, Marcelo Rebelo de Sousa reuniu o Conselho de Estado, depois de ter reunido com os partidos no dia anterior, e decidiu convocar eleições antecipadas para 10 de março, optando, no entanto, por esperar pela aprovação do Orçamento do Estado para 2024 antes de dissolver a Assembleia da República.

Com a demissão anunciada de António Costa, abriu-se a corrida à sua sucessão no cargo de secretário-geral do PS, com José Luís Carneiro e Pedro Nuno Santos a protagonizarem as duas principais candidaturas ao lugar. Daniel Adrião é o terceiro candidato. O ato eleitoral interno está marcado para 15 e 16 de dezembro.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.