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NOVA vai lançar novo campus em Tires dedicado à Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial

A Universidade Nova de Lisboa vai receber gratuitamente por 50 anos, o Direito de Superfície de 20 hectares situados nas imediações do Aeródromo Municipal de Cascais para aí instalar o novo Polo da Faculdade de Ciências e Tecnologia.
10 Julho 2025, 11h57

Vai nascer em Tires um novo polo universitário da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa dedicado à Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial. O projeto está inserido no âmbito da estratégia de desenvolvimento do Aeródromo Municipal de Cascais, recentemente apresentada pelo presidente do Município, Carlos Carreiras.

Inteiramente dedicado à Engenharia Aeronáutica e Aeroespacial, este será o quarto campus da Universidade NOVA de Lisboa no concelho de Cascais depois da NOVA SBE – School of Business and Economics, da NOVA Medical School e da NOVA School of Law, ao que ainda acresce o da Escola Superior Hotelaria e Turismo do Estoril, recentemente integrada na Universidade.

Na ocasião foram anunciadas as sete medidas que dão corpo ao novo campus. A saber:

  1. Acordo de Cedência de 20 hectares à UNL
  2. Protocolo Curso Profissional Mecatrónica Automóvel, com a ATEC – Associação de Formação para a Indústria e o Agrupamento de Escolas Matilde Rosa Araújo
  3. Protocolo Curso Profissional Manutenção de Aeronaves e Material de Voo, com a TAP Maintenance and Engineering e o Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo
  4. Protocolo de Parceria em Drones e Materiais Compósitos
  5. Memorando de Entendimento com a empresa de Helicopetros – Gesticopter
  6. Auto de Receção Provisória da nova Torre de Controlo
  7. Hangar para Manutenção TAP.

O Município cede gratuitamente, por 50 anos, o Direito de Superfície de 20 hectares situados nas imediações do Aeródromo Municipal de Cascais à Universidade Nova de Lisboa onde será desenvolvido o novo Polo da Faculdade de Ciências e Tecnologia da UNL. Aqui serão ministrados cursos de ensino profissional na área da aeronáutica (medidas 2 e 3) através de protocolos tripartidos entre o Município, entidades profissionais e agrupamentos de escolas. Um destinado ao Curso Profissional de Mecatrónica Automóvel em parceria com a ATEC – Associação de Formação para a Indústria e o Agrupamento de Escolas Matilde Rosa Araújo, o outro para Manutenção de Aeronaves e Material de Voo com a TAP Maintenance and Engineering e o Agrupamento de Escolas Frei Gonçalo de Azevedo.

Ambos estabelecem a criação do Pólo Tecnológico de Formação e de Cursos Profissionais para os próximos 3 anos letivos (2025/2026; 2026/2027; 2027/2028), num total de 9 turmas  (3 turmas por ano letivo – 10º, 11º e 12º anos) para cada um dos protocolos.

“A Cascais compete a coordenação do protocolo, o apoio financeiro e a monitorização do projeto”, informa o Município em comunicado enviado à nossa redação. “As Escolas integram o curso na sua oferta formativa, coordenam as inscrições e seleção, afetam recursos humanos e materiais, asseguram a coordenação pedagógica e operacional e promovem parcerias com empresas do setor para estágios. A ATEC e a TAP colaboram na coordenação técnica, no desenvolvimento curricular e operacionalização da componente prática e tecnológica do curso, além de apoiar a seleção de formadores e a ligação às empresas do setor”.

O novo polo universitário vai dinamizar “um conjunto de parcerias industriais no ramo aeroespacial visando a formação de recursos humanos e desenvolvimento de tecnologia de ponta”, nomeadamente drones e materiais compósitos. Uma parceria, adianta o documento, será estabelecida com o Grupo OPTIMAL, empresa de engenharia e produção de componentes em materiais compósitos nascida em Cascais em 2008, que contabiliza três fábricas em Portugal e emprega mais 100 pessoas.

Nesta colaboração com a Cascais Dinâmica e a NOVA, o grupo pretende instalar um centro de I&D no polo universitário.

Outra, refere o comunicado do Município, prende-se com a criação de um centro de excelência em Helitransporte Civil vocacionado para missões no âmbito da proteção civil, utilizando novas tecnologias de simulação, realidade virtual e inteligência artificial para a qualificação de tripulações. “Prevê também a integração operacional com drones capazes de deteção, transmissão e tratamento de dados em tempo real”.

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