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Nova Zelândia proíbe venda de metralhadoras após ataque terrorista

Esta é a reposta da primeira-ministra Jacinda Ardern, na sequência de um ataque terrorista a duas mesquitas que vitimaram 50 pessoas na última sexta-feira. A medida entra de imediato em vigor para evitar a compra de armas enquanto a legislação é criada.
21 Março 2019, 10h34

O Governo da Nova Zelândia proibiu a venda de todas as armas de assalto e semi-automáticas na sequência do ataque terrorista a duas mesquitas na última sexta-feira e que causaram 50 mortos, conta a “Bloomberg” esta quinta-feira.

A primeira-ministra neozelandeza Jacinda Ardern, anunciou que esta proibição tem efeitos imediatos para evitar a compra de armas de fogo enquanto a legislação é criada para entrar em vigor já no mês de abril.

“Acredito firmemente que a grande maioria dos legítimos proprietários de armas na Nova Zelândia vai entender que estas medidas são de interesse nacional. O que estamos a banir hoje são as coisas que foram usadas no ataque da sexta-feira passada”, referiu em conferência de imprensa.

Este anúncio de Jacinda Ardern surge poucos dias depois do pior tiroteio em massa na história da Nova Zelândia, quando no passado dia 15 de março, um atirador atacou fiéis muçulmanos durante as orações da tarde na cidade de Christchurch, na Ilha Sul, a terceira maior cidade do país com cerca de 376.700 habitantes filmando e transmitindo ao vivo o ataque nas redes sociais.

Brenton Tarrant, um australiano de 28 anos, reivindicou a responsabilidade pelos ataques às mesquitas Al Noor e Linwood, estando detido por homicídio.

Este ataque terrorista uniu todos os principais partidos políticos e fez aumentar a pressão no Governo para apertar as leis de armas. O principal partido da oposição, o Partido Nacional, saudou o anúncio de Jacinda Ardern.

A taxa de homicídios da Nova Zelândia está bastante abaixo da média global, mas a posse de armas aumentou na última década, sendo uma das maiores taxas per capita do mundo. O Governo referiu que há entre 1,2 e 1,5 milhões de armas de fogo no país, que tem uma população de pouco menos cinco milhões de pessoas.

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