[weglot_switcher]

Novas tarifas de Trump penalizam bolsas em dia ‘vermelho’ antes de dados macro

O anúncio do presidente eleito fez tremer as bolsas europeias, na véspera de serem conhecidos dados macroeconómicos importantes para a economia norte-americana.
Kai Pfaffenbach/Reuters
27 Novembro 2024, 07h30

As bolsas europeias encerraram a sessão desta terça-feira no ‘vermelho’, penalizadas pelo avolumar das incertezas resultantes de futuras taxas às importações dos Estados Unidos, dadas a conhecer por Donald Trump. Esta quarta-feira, os dados sobre a economia norte-americana vão estar em foco.

Por cá, o índice PSI caiu 0,36% para 6.415 pontos e acompanhou a trajetória descendente dos mais importantes índices europeus. As cotadas do grupo EDP foram protagonistas das quedas mais acentuadas, na medida em que as ações da EDP desvalorizaram 2,05% nas negociações, até aos 3,443 euros, ao passo que as da EDP Renováveis recuaram 1,96%, para 10,99 euros.

Mais atrás, houve descidas de 1,77% para 2,55 euros na Mota-Engil, assim como 1,48% no caso da Altri, até aos 5,00 euros.

A contrastar com o sentimento geral, a Jerónimo Martins subiu 2,41% e os respetivos títulos alcançaram os 18,26 euros. Os ganhos estiveram ligados aos bons números no retalho polaco, de onde chega a maioria das receitas da empresa.

Entre as praças europeias o sentimento é semelhante, com os mercados a mostrarem insegurança em função das dúvidas no plano macroeconómico, potenciadas pelo anúncio de Donald Trump de que vai impor novas taxas às importações dos EUA. Na segunda-feira, o presidente eleito fez saber que, além das tarifas com as quais já tinha avançado durante a corrida à Casa Branca, vai aplicar uma taxa de 10% sobre as importações que chegam da China e de 25% sobre os bens mexicanos e canadianos.

O resultado foi um sentimento de insegurança nos mercados, em função de a economia norte-americana ser a mais forte do mundo.

Entre os principais índices, houve derrapagens de 0,87% em França, 0,79% no índice agregado Euro Stoxx 50, 0,77% em Espanha e 0,70% em Itália. As contrações foram mais leves na Alemanha e no Reino Unido, em 0,52% e 0,35%, respetivamente.

Esta quarta-feira, em termos macroeconómicos, os EUA vão divulgar o PIB do terceiro trimestre, através do qual será possível medir o comportamento daquela economia, depois da subida de 3% no trimestre anterior. Vai também ser conhecido o índice PCE, que é o indicador preferido da Fed para medir a inflação, de forma a tomar decisões sobre a política monetária.
Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.