A partir de janeiro, já será possível comprar em Portugal a mas recente geração do Audi A8, a D5. Os preços para a nova berlina porta-estandarte da marca dos quatro anéis ainda não estão totalmente acertados, mas a Audi revela que a versão de acesso à gama – que utiliza o motor 3.0 TDI de 286 cv e caixa automática Tiptronic – deverá ser comercializada desde 119 mil euros.
No início da sua vida comercial, o novo A8 oferecerá também o 3.0 TFSI (gasolina) de 340 cv e com caixa automática Tiptronic. A meio do ano chegará o 6.0 W12 de 585 cv, ao mesmo tempo que a variante híbrida plug-in, a que une ao 3.0 TFSI um motor elétrico para uma potência combinada de 449 cv. Em novembro, a gama fica completa com o 4.0 biturbo V8 de 435 cv. Todos eles munidos de uma caixa Tiptronic e sistema de tração integral quattro.
Numa proposta como esta, o conforto está sempre assegurado. No caso ainda mais, com a Audi a reforçar o espaço para os ocupantes do banco traseiro, que agora possuem mais 32 mm para esticar as pernas. Entre eixos há mais 6 mm e o comprimento total foi aumentado em 37 mm face à geração anterior (130 mm no chassis longo). O aumento do comprimento (a largura desceu 4 mm) não prejudicou a rigidez torcional. Para o Novo A8, a casa de Ingolstadt recorreu à Space Frame habitual, mas desta feita incluiu vários materiais, combinando alumínio, aço, magnésio e carbono. O resultado foi um aumento de 24% nesta categoria.
Montra tecnológica
Com uma estratégia de futuro assente na eletrificação dos seus modelos, através da marca e-tron (a Audi quer que 1/3 dos seus veículos vendidos em 2025 sejam elétricos e compromete-se a lançar 20 modelos elétricos até lá), todos os motores do Audi A8 englobam um motor mild hybrid de 48 Volt, para diminuir consumos, que a Audi estima sejam de até 0,7 l/100 km. também será possível rolar com o motor desligado em auto-estrada, entre os 160 km e os 55 km, durante um máximo de 40 segundos. A digitalização – através do ecossistema My Audi – é também um tema caro à Audi, pelo que o novo A8 apresenta várias novidades a este respeito, como os dois ecrãs dianteiros digitais, através dos quais se controlam todas as funções do MMI, os dois tablets Android colocados no topo das costas dos bancos dianteiros e ainda um terceiro, de 5,6”, colocado no apoio de braços traseiro e destacável (como os dois anteriores), para que não pare de ver o seu programa favorito ou perca o trabalho que está a realizar. Ao mesmo tempo, o A8 passa a contar com um novo módulo LTE de ligação à Internet, com capacidade de download de 300 Mbit/s e de upload de 50 Mbit/s.
Conduz-se sozinho, mas não em Portugal
A filosofia Audi AI é o terceiro pilar em que assenta o futuro da marca. Com o compromisso de devolver aos condutores o tempo que passam dentro do automóvel, o A8 é capaz de realizar condução autónoma de nível 3, ainda que em Portugal não o faça, por causa da legislação. O que lhe falta em condução autónoma compensa com ajudas à condução, como a câmara de 360º que permite personalizar as câmaras cuja imagem aparece no ecrã central ou os sensores sónico, laser e câmaras que pontuam toda a carroçaria e servem para detetar peões, obstáculos, veículos estacionados ou em movimento, entre outros. Ou ainda como o sistema de iluminação LED Matrix HD, que – além de combinar os dados da navegação para prever as curvas – monitoriza o veículo da frente para ajustar a iluminação aos seus movimentos, garantindo que nunca o encandeia. Caso não exista nenhum veículo à frente, é acionado o sistema Audi Laser Light, que ilumina o asfalto a uma distância de até 600 metros. Tudo para garantir a maior segurança.
Na mesma categoria incluem-se os 9 airbags, que agora incluem os dois centrais dianteiro e traseiro, que impedem que os ocupantes choquem um com o outro; o sistema de suspensão pneumática, que controla cada roda individualmente, para que nenhuma perca o contacto com o solo; ou o eixo traseiro direcional, de série em toda a gama e que promove a estabilidade em curva.
Seja para conduzir ou para ser conduzido, a Audi deu ao A8 todos os trunfos que se poderiam esperar de um topo de gama, incluindo um preço a condizer. A grande incógnita neste momento passa por conhecer mais a fundo o modelo híbrido plug-in, para ver se é uma verdadeira alternativa ou se é mais uma oferta para tirar da memória o Dieselgate.
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