A entidade que vai realizar a auditoria ao processo de concessão dos créditos que integram o mecanismo de capitalização contingente (CCA) ainda não foi selecionada, disse fonte oficial do Banco de Portugal ao Jornal Económico.
O BdP esclareceu ainda que também não foi “definido o calendário dos trabalhos”.
A auditoria aos créditos que integram o CCA, que tiveram origem nas administrações do Banco Espírito Santo, na altura liderado por Ricardo Salgado, foi objecto de articulação entre o Fundo de Resolução e o Ministério das Finanças, tendo sido divulgada na sexta-feira passada, depois da apresentação dos resultados no Novo Banco relativos ao exercício de 2018 e na qual o presidente executivo, António Ramalho, anunciou uma nova injeção de capital de 1.149 milhões de euros.
“A conveniência de realização desse escrutínio (a auditoria) foi discutida entre o Fundo de Resolução e o Ministério das Finanças no âmbito dos trabalhos conjuntos de acompanhamento do processo de fecho de contas do Novo Banco”, disse o supervisor bancário.
O BdP esclareceu também que o Fundo de Resolução tem estado em articulação com o Novo Banco e o seu acionista maioritário, a Lone Star, detém 75% do banco liderado por António Ramalho.
Quanto ao funcionamento do CCA, incluindo os mecanismos de acompanhamento e controlo, o BdP disse que compete ao Fundo de Resolução “tomar as decisões relativas aos ativos abrangidos pelo mecanismo, fincando o Novo Banco sujeito a uma obrigação geral de atuar em conformidade com as instruções do Fundo de Resolução relativamente a esses ativos”.
Para a gestão destes ativos, o mecanismo contempla a existência de uma Comissão de Acompanhamento à qual compete “apreciar e emitir parecer sobre questões relacionadas com o mecanismo, a sua direção estratégica e os ativos abrangidos”, explicou o BdP.
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