O Novo Banco está a rever o seu modelo de distribuição que passa pela criação de balcões Master, com mais de 600 m2, e o encerramento das agências tradicionais nas redondezas.
O primeiro destes espaços abrirá no Porto, no Palácio dos Correios, ainda em 2020, seguido de outro em Lisboa, na Avenida da República, no espaço que antes era o stand da Opel (Auto-Industrial).
O banco tem neste momento em curso o “Projeto Novo Modelo de Distribuição”, o que implica o redimensionamento da rede de balcões. No âmbito deste projeto, o banco liderado por António Ramalho prevê lançar até ao final do ano nos grandes centros urbanos, “em locais de fácil acesso e com estacionamento conveniente, balcões de grande dimensão (mais de 600 m2), designados por Master, totalmente equipados para servir os seus clientes”, diz fonte oficial do Novo Banco.
“Todos estes balcões estarão dotados, por exemplo, de equipamentos digitais para a formalização de operações, de máquinas VTM (Virtual Teller Machine) para a realização de depósitos e levantamentos de notas, moedas e cheques, bem como de espaços para a realização de reuniões com clientes e de eventos em conjunto com a comunidade local”.
O Novo Banco diz que com este novo modelo “procura adaptar-se às mudanças que se notam nas preferências dos clientes (maior tendência para a utilização digital, necessidade de obter conselho especializado nos diversos produtos financeiros…), sem descurar a importância da proximidade, da presença e do conhecimento local”.
Tal como foi noticiado ontem pelo Eco, o Novo Banco prepara-se para fechar 20 balcões até final do ano (a rede atual é de 375 balcões em Portugal), uma boa parte deles nos centros urbanos. A notícia do encerramento de balcões motivou que o Sindicato Nacional dos Quadro Técnicos e Bancários pedisse uma reunião à administração executiva do Novo Banco.
O presidente do Novo Banco foi confrontado na terça-feira, na audição parlamentar da Comissão de Orçamento e Finanças, com o novo plano de encerramento de agências que estaria para anunciar em breve. “Ao que parece está para anunciar o encerramento de balcões a 31 de outubro. É mais um conjunto de balcões que serão encerrados“, questionou o deputado do PCP Duarte Alves. Na resposta o CEO, António Ramalho, disse que “a verdade é que o mercado está a mudar, as necessidades dos consumidores estão a mudar e é normal que aquilo que é a tradicional distribuição de balcões venha a mudar sobretudo nos centros urbanos. Não tenhamos dúvidas. Estamos a analisar com cautela as transformações em que estamos a trabalhar para um banco novo. É esse banco novo que queremos desenvolver”.
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