A Informa D&B divulgou o impacto do novo confinamento na criação de novas empresas. O nascimento de empresas caiu 29% na primeira quinzena de janeiro e 56% na segunda metade.
“Na primeira quinzena de janeiro a redução na criação de novas empresas foi de 29%, valor que caiu ainda mais para os 56% na segunda quinzena, um comportamento semelhante ao que se verificou no primeiro confinamento geral, em março e abril de 2020”, refere o comunicado.
Em janeiro de 2021 nasceram em Portugal 3.141 novas empresas, menos 43% do que em janeiro de 2020.
“Há uma diferença entre a primeira e a segunda quinzena de janeiro, com o início do novo confinamento, mostrando a sensibilidade deste indicador às medidas mais restritivas decretadas para combater a pandemia de Covid-19”, conclui a Informa D&B.
Os números da segunda quinzena de janeiro “parecem também indicar que existe uma relativa adaptação do empreendedorismo à situação de pandemia, pois apesar da nova queda ela já não foi tão acentuada como a que se verificou no primeiro confinamento geral”.
Segundo o estudo da Informa D&B, os últimos 12 meses mostram que a criação de empresas anda a par das medidas restritivas, sendo mais afetada quanto mais severas são estas medidas. “Este indicador caiu a pique quando foi decretado o primeiro Estado de Emergência e o primeiro confinamento, com uma redução de 78% na criação de empresas na segunda quinzena de março, uma baixa que se manteve durante o mês de abril”, diz o barómetro.
Em maio e junho, o alívio nas restrições provocou um aumento nas novas empresas e, no verão, andou muito perto dos valores registados em 2019. Sendo que após um ligeiro recuo no outono com novas restrições, voltou a cair no início do ano, especialmente na segunda quinzena de janeiro, exatamente após a declaração do segundo confinamento e das restrições mais apertadas, refere a Informa D&B.
A queda na criação de novas empresas em janeiro é transversal a todos os setores de atividade e regiões, mas é mais expressiva nos distritos do litoral, em especial em Lisboa, região que é responsável por quase metade da descida total, revela o barómetro.
No que se refere aos números de insolvências mensais, esses “têm-se revelado muito instáveis”, com o ano de 2020 a terminar com um ligeiro aumento de novos processos de insolvência de +3,2% face a 2019 (+71 casos). Em janeiro de 2021, 187 empresas iniciaram um processo de insolvência, menos 30 casos (-14%) que no período homólogo.
“Estes valores podem não corresponder a uma leitura muito clara da situação de muitas empresas, devendo ser entendidos à luz das medidas de apoio que o Estado português colocou à disposição das empresas e, por outro lado, ao facto de estes processos serem normalmente demorados e envolverem os tribunais, cuja atividade está também afetada por este novo confinamento”, ressalva a Informa D&B.
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