Segundos os dados recolhidos e divulgados pela AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, o porto de Lisboa é um dos principais responsáveis por este feito, depois de ter registado um acréscimo global de 27,8%”, em comparação com o período homólogo de 2016, um acréscimo de 1,8 milhões de toneladas movimentadas.
Entre janeiro e agosto deste ano, o sistema portuário do Continente registou a melhor marca de sempre, face aos períodos homólogos, movimentando mais de 65,7 milhões de toneladas movimentadas.
Segundos os dados recolhidos e divulgados pela AMT – Autoridade da Mobilidade e dos Transportes, “o porto de Lisboa é um dos principais responsáveis por este feito, depois de ter registado um acréscimo global de 27,8%”, em comparação com o período homólogo de 2016, um acréscimo de 1,8 milhões de toneladas movimentadas.
A par de Lisboa, também os portos de Leixões, Aveiro e Sines, contribuíram para o reforço deste recorde.
No período em análise, os primeiros oito meses deste ano, o porto de Sines continuou a liderar o movimento portuário, com uma quota de 52,9%.
“O mês de agosto registou o volume mais elevado de sempre na tonelagem movimentada dos portos comerciais, ultrapassando 8,7 milhões de toneladas. Entre o período de janeiro e agosto de 2017, os portos comerciais movimentaram mais de 65,7 milhões de toneladas. Mais 7,1% face ao observado no mesmo período de 2016, constituindo assim a melhor marca de sempre nos períodos homólogos”, destaca o comunicado da AMT.
Desta forma, o porto de Sines mantém a liderança com uma quota de mercado de 52,9% do total da carga movimentada, um decréscimo de -1,4 pontos percentuais face ao que detinha no período homólogo de 2016.
Na segunda posição mantém-se o porto de Leixões, com uma quota de 19,7%, seguido de Lisboa, com 12,4% (uma recuperação de dois pontos percentuais face ao mesmo período do ano transato) e Setúbal, com 7% do total (um decréscimo de -1,4 pontos percentuais face a igual período de 2016).
No que respeita ao movimento global de contentores, também se registaram recordes entre janeiro e agosto de 2017, período que constituiu o melhor registo de sempre.
“Nos primeiros oito meses do ano, foram registadas cerca de 2,1 milhões de TEU [medida-padrão equivalente a contentores com 20 pés de comprimento], um comportamento que reflete um acréscimo de 18,1% face ao período homólogo de 2016. Para este desempenho importa referir a excelente contribuição do porto de Lisboa que movimentou um volume de TEU superior em 42,3% ao registado em igual período do ano anterior”, destaca o referido comunicado da AMT.
Também neste segmento, o porto de Sines mantém a liderança nacional no setor portuário do Continente, com uma quota de 57,9% do total de TEU, superior em 3,9 pontos percentuais à que detinha no mesmo período de 2016.
A AMT observa que as operações de ‘transhipment’ (movimentações intercontinentais) realizadas no porto de Sines são um forte influenciador do tráfego de contentores no sistema portuário nacional.
“Nos primeiros oito meses de 2017, estas operações foram responsáveis por 81,5% do tráfego deste porto e por 47,2% do volume total de TEU movimentado no sistema portuário do Continente”, explica o referido comunicado.
Nos portos comerciais do Continente, registou-se um total de 7.344 escalas de navios de diversas tipologias entre janeiro e agosto de 2017, a que correspondeu um volume global de arqueação bruta (GT, ou ‘gross tonnage’) de 137,4 milhões de toneladas (respetivamente mais 2,6% e mais 6,8% do que nos primeiros oito meses de 2016).
“Lisboa foi o porto que mais se distinguiu pelo seu comportamento a nível do movimento de navios, registando um acréscimo de 17,1% no número de escalas e de 18,9% no volume de GT, representando, respetivamente, quotas de 22,7% e 22,4%. Por sua vez, Leixões foi o porto que registou um maior número de escalas que, após uma variação homóloga negativa de -2,5%, representou 24,3% do total, tendo observado um acréscimo de 1,9% na GT”, adianta a AMT.
Segundo o órgão regulador do setor do transportes em Portugal, o movimento global de carga verificado nos primeiros oito meses de 2017 é justificado por efeito da carga contentorizada e dos produtos petrolíferos, que registaram variações de 13,9% e 17,9%, respetivamente.
Também a contribuição dos mercados das cargas inseridas na classe dos granéis sólidos foi bastante positiva, nomeadamente a do carvão e a dos outros granéis sólidos, registando acréscimos de 17,5% e 12,7% e quotas de 6,6% e 8,1%, respetivamente, assegura a AMT.
“Este comportamento global do mercado portuário de movimentação de carga resultou do confronto de um fluxo de carga embarcada que atingiu o volume de 26,9 milhões de toneladas, após um acréscimo de 3,5%, e de um fluxo de carga desembarcada que totalizou 38,8 milhões de toneladas, que reflete uma variação de 9,8%, constituindo ambos o valor mais elevado de sempre nos períodos janeiro-agosto”, garante o referido comunicado do órgão regulador nacional do setor dos transportes.
Ainda de acordo com a AMT, o segmento da carga embarcada, que inclui a carga de exportação, foi fortemente influenciado pela carga contentorizada que registou um acréscimo de 13,6% num mercado que representa 49,2% do total, bem como também pelo comportamento dos mercados dos produtos petrolíferos e dos outros granéis sólidos, que cresceram 6% e 31,6%, respetivamente, face ao mesmo período de 2016.
“O comportamento global no segmento da carga desembarcada foi positivo na maioria dos mercados, com especial destaque para a carga contentorizada, que associou um acréscimo homólogo de 14,3% à quota mais elevada, de 27,3%. Os produtos petrolíferos registaram a variação mais expressiva (35,8%), detendo uma quota de 14,3%”, avançla a AMT.
Os portos de Viana do Castelo, Figueira da Foz, Setúbal e Faro são os que apresentam um perfil de porto ‘exportador’ no período em questão, registando um volume de carga embarcada superior ao da carga desembarcada, com um quociente entre carga embarcada e o total movimentado, nos primeiros oito meses deste ano, de 76,7%, 62,4%, 58,7% e 100%, respetivamente.