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Novo terminal de contentores de Sines só deverá estar operacional em 2026 ou 2027

Esta é a estimativa de José Luís Cacho, presidente da APS – Administração dos Portos de Sines e do Algarve, o que implica o atraso do projeto em dois ou três anos em relação ao inicialmente previsto. O facto de o concurso ter ficado deserto adiou um investimento avaliado em cerca de 640 milhões de euros e a criação estimada de cerca de 1.350 postos de trabalho. Um novo concurso só deverá ser lançado quando a situação da pandemia estiver controlada.
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7 Abril 2021, 18h59

“O novo terminal de contentores Vasco da Gama só deverá estar operacional em 2026 ou 2027”, admite José Luís Cacho, presidente da APS -Administração dos Portos de Sines e do Algarve, em declarações ao Jornal Económico.

Esta é a principal consequência do concurso público internacional para a construção e concessão do novo terminal de contentores do porto de Sines ter ficado deserto, sem ter sido apresentada qualquer proposta por parte dos potenciais interessados até ao dia 6 de abril, data limite para entrega das referidas propostas.

Com o concurso lançado a 15 de outubro de 2019, previa-se que as obras arrancassem no início deste ano, mas o processo já tinha sofrido adiamentos.

Como a construção deste novo terminal deverá demorar cerca de três anos, quando o processo se iniciou estimava-se que o novo terminal de contentores pudesse estar operacional em 2024.

No entanto, com este novo contratempo, o processo vai ser protelado por mais dois ou três anos do que o inicialmente previsto.

Segundo José Luís Cacho, este concurso ficou deserto devido aos constrangimentos provocados pela pandemia a nível global, apesar de ter sido noticiado diversas vezes que há grandes grupos chineses, norte-americanos e europeus candidatos a entrar nesta corrida.

“É preciso ver que este é um investimento totalmente privado e que, recentemente, assinámos um contrato para a expansão do Terminal XXI”, assinala o presidente da APS.

Recorde-se que o investimento previsto para a construção deste novo terminal de contentores do porto de Sines é de 642 milhões, esperando-se que o empreendimento proporcione a criação de cerca de 1.350 postos de trabalho.

Quer o investimento, quer a criação de novos empregos ficam, assim, adiados.

José Luís Cacho adianta que um novo concurso só será lançado pela APS “quando as condições sobre a situação pandémica a nível global estiverem estabilizadas”, pelo que não há data agendada para o reinício deste processo.

“Estamos a trabalhar em conjunto com a tutela. Estamos a olhar para isto e a tentar tornar este investimento mais flexível, faseando esse investimento ao longo da concessão para tornar este concurso mais atrativo”, revelou o presidente da APS.

Mas José Luís Cacho é peremtório: “não avançaremos enquanto houver sinais de instabilidade em relação à pandemia; um novo procedimento só ocorrerá quando se registarem essas novas condições”.

Quanto ao processo de expansão do Terminal XXI, gerido pela PSA Sines, uma empresa de Singapura, num investimento avaliado em 547 milhões de euros, totalmente da responsabilidade da concessionária privada, o presidente da APS garante que “tudo está a decorrer conforme previsto”.

Recorde-se que este investimento deverá possibilitar a criação de cerca de 900 postos de trabalho.

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