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Novobanco com lucros de 370,3 milhões de euros no primeiro semestre

Os lucros do banco liderado por Mark Bourke recuaram ligeiramente nos primeiros seis meses do ano face ao período homólogo, depois de ter constituído no segundo trimestre uma provisão de 30 milhões para o processo de transformação que tem em curso.
1 Agosto 2024, 07h32

O Novobanco obteve lucros de 370,3 milhões de euros no primeiro semestre, uma descida de 0,8% face aos 373,2 milhões de euros alcançados no período homólogo, com a rentabilidade dos capitais próprios a situar-se nos 17,4%. Este resultado reflete a constituição, no segundo trimestre, de uma provisão de 30 milhões para o processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação que tem em curso. 

Estes resultados refletem uma robusta performance comercial uma consistente criação de capital. Continuamos a prosseguir a nossa estratégia, com crescimento de negócio e de atividade, aumentando a eficiência das nossas operações, suportando as famílias e empresas que nos escolheram como o seu banco”, afirma Mark Bourke, CEO do Novobanco, num comunicado enviado esta quinta-feira à CMVM. 

Neste período, o produto bancário comercial subiu 13% para 756,1 milhões de euros, “decorrente do desempenho da atividade comercial num ambiente de taxa de juro favorável, juntamente com iniciativas estratégicas e o desempenho do modelo de negócio a proporcionarem o crescimento das comissões”, refere. 

A margem financeira aumentou 13,5% para 594,9 milhões de euros, com as comissões a crescerem 10,9% para 161,2 milhões de euros. Uma evolução “suportada pelo desempenho do franchising do novobanco, com uma base de clientes crescente, e pela dinâmica na execução de iniciativas para incrementar as receitas, principalmente na gestão das contas serviço e meios de pagamento”.

Por outro lado, os custos operacionais cresceram 1,3%, em comparação com a média de 2023, para 242,7 milhões de euros. 

O grupo registou no primeiro semestre de 2024 um reforço de imparidades e provisões no montante de 87,8 milhões de euros, mais 31,8 milhões face a junho de 2023. Já as provisões para outros ativos e contingências aumentam 37,1 milhões de euros, “maioritariamente devido a uma provisão para o processo de transformação, no valor de 30 milhões, enquadrada no programa estratégico de inovação e simplificação que o banco tem em curso”, indica o banco.

Os empréstimos a clientes bruto apresentaram um crescimento de 1,1% face a dezembro de 2023, situandose
em 28,5 mil milhões de euros, dos quais 59% concedido a empresas, 35% de crédito habitação e 6% de crédito ao consumo e outros. 

Os créditos não produtivos (NPL) apresentam uma redução de 8,7% no semestre, situandose em 1.034 milhões de euros, com o rácio de NPL a fixar-se nos 4,1%.

Em termos dos recursos totais, estes aumentaram para 37,1 mil milhões de euros, face a 35,2 mil milhões no final do ano passado, com os depósitos a representarem 78,4% no financiamento da atividade.

Em termos de rácios de capital, o CET 1 fully loaded apresentou um aumento de 176 pontos base face a dezembro de 2023, para 19,9%.

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