O Novobanco obteve lucros de 370,3 milhões de euros no primeiro semestre, uma descida de 0,8% face aos 373,2 milhões de euros alcançados no período homólogo, com a rentabilidade dos capitais próprios a situar-se nos 17,4%. Este resultado reflete a constituição, no segundo trimestre, de uma provisão de 30 milhões para o processo de transformação enquadrado no programa estratégico de inovação e simplificação que tem em curso.
“Estes resultados refletem uma robusta performance comercial uma consistente criação de capital. Continuamos a prosseguir a nossa estratégia, com crescimento de negócio e de atividade, aumentando a eficiência das nossas operações, suportando as famílias e empresas que nos escolheram como o seu banco”, afirma Mark Bourke, CEO do Novobanco, num comunicado enviado esta quinta-feira à CMVM.
Neste período, o produto bancário comercial subiu 13% para 756,1 milhões de euros, “decorrente do desempenho da atividade comercial num ambiente de taxa de juro favorável, juntamente com iniciativas estratégicas e o desempenho do modelo de negócio a proporcionarem o crescimento das comissões”, refere.
A margem financeira aumentou 13,5% para 594,9 milhões de euros, com as comissões a crescerem 10,9% para 161,2 milhões de euros. Uma evolução “suportada pelo desempenho do franchising do novobanco, com uma base de clientes crescente, e pela dinâmica na execução de iniciativas para incrementar as receitas, principalmente na gestão das contas serviço e meios de pagamento”.
Por outro lado, os custos operacionais cresceram 1,3%, em comparação com a média de 2023, para 242,7 milhões de euros.
O grupo registou no primeiro semestre de 2024 um reforço de imparidades e provisões no montante de 87,8 milhões de euros, mais 31,8 milhões face a junho de 2023. Já as provisões para outros ativos e contingências aumentam 37,1 milhões de euros, “maioritariamente devido a uma provisão para o processo de transformação, no valor de 30 milhões, enquadrada no programa estratégico de inovação e simplificação que o banco tem em curso”, indica o banco.
Os empréstimos a clientes bruto apresentaram um crescimento de 1,1% face a dezembro de 2023, situando–se
em 28,5 mil milhões de euros, dos quais 59% concedido a empresas, 35% de crédito habitação e 6% de crédito ao consumo e outros.
Os créditos não produtivos (NPL) apresentam uma redução de 8,7% no semestre, situando–se em 1.034 milhões de euros, com o rácio de NPL a fixar-se nos 4,1%.
Em termos dos recursos totais, estes aumentaram para 37,1 mil milhões de euros, face a 35,2 mil milhões no final do ano passado, com os depósitos a representarem 78,4% no financiamento da atividade.
Em termos de rácios de capital, o CET 1 fully loaded apresentou um aumento de 176 pontos base face a dezembro de 2023, para 19,9%.
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