O Novobanco vendeu os seus 40% na empresa portuguesa Lineas Concessões de Transportes – que por sua vez detém 50,5% da Lusoponte e 80,8% da concessão da Douro Interior – por um montante muito acima do seu valor contabilístico, apurou o Jornal Económico. O price-to-bookvalue dos 40% da Linea é de 52,6 milhões de euros.
A venda foi fechada não só com o fundo de infraestruturas Serena Industrial Partners, com quem tinha assinado no fim do ano passado, um contrato de promessa de compra e venda, mas também com o espanhol Banco March,
O banco refere no relatório e contas de 2023 que em dezembro. decorrente da assinatura do contrato promessa de compra e venda dos 40% da Lineas, esta participação foi classificada como “investimento em associadas para operações descontinuadas”. Um ano antes, no balanço de 2022, o Novobanco tinha a participação na Lineas contabilizada ao valor bruto de 68,4 milhões, o que após imparidades de 7,4 milhões se traduzia num valor líquido de 61 milhões de euros.
Os restantes 60% do capital continuarão nas mãos da Mota Engil, que desta forma controla indiretamente 30,3% da Lusoponte e 48,5% da concessionária de autoestradas do Douro Interior, Os prazos de concessão são de 2030 e 2037, respectivamente.
Fonte oficial do Banco March explicou ao JE que criou um veículo de capital de risco (private equity) para invesrir no capital da Linea em parceria com o fundo Serena, “A March Lusitana (já criada e constituída) é o veículo criado pela Banca March e no qual os seus clientes irão investir. A Serena tem o seu próprio veículo”, revela fonte do banco espanhol.
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