Estão aí os novos pelouros da administração do BCP, depois do BCE ter autorizado os novos órgãos sociais eleitos (por quatro anos) a 30 de maio passado, em Assembleia Geral.
Em traços gerais Nuno Amado, Presidente do Conselho de Administração (chairman), fica com responsabilidades nas áreas de fiscalização (como a auditoria) e Miguel Maya, Presidente do Conselho de Administração Executivo (CEO), fica com função executiva nas áreas mais ligadas ao digital. Sem esquecer a Direção de Crédito, pois há que prevenir erros do passado. A Direção de Crédito é aquela que dá pareceres e decide sobre as propostas de crédito de elevado montante e João Nuno Palma fica com o desafio de fazer crescer a banca para os clientes de alto rendimento.
Segundo a distribuição de pelouros disponível no site do banco, Nuno Amado, que é chairman do BCP, ficou com o Gabinete de Apoio à Administração; o Secretariado da Sociedade e a Fundação Millennium bcp. Fica também com a Provedoria do Cliente e tem a responsabilidade da Comissão de Auditoria, além do cargo de administrador não executivo do Bank Millennium (Polónia) e do Millennium BIM, nos quais é vice-presidente. Para além de que se irá manter no Conselho Geral e de Supervisão da EDP, em nome do Fundo de Pensões do BCP, que é acionista com 2,11%.
Já foi também definida a estrutura e funções do Conselho de Administração. O BCP vai ter três vice-presidentes no Conselho. Jorge Magalhães Correia, o presidente da Fidelidade em nome da Fosun, é o primeiro vice-presidente da administração do BCP. Valter de Barros, nomeado pela Sonangol, é o segundo. Por inerência, também Miguel Maya, CEO, é vice-presidente da administração por inerência.
Miguel Maya chama a si também, entre outros, a Direção de Crédito (grandes clientes) e os pelouros do “Digital Transformation Office”, ou não fosse o presidente da digitalização do BCP. Recorde-se que na apresentação de resultados do semestre anunciou que quer que em 2021 os clientes digitais do BCP sejam 65% do total (no semestre, o peso era de 45%).
Na mesma linha das metas do Plano Mobilizar, Miguel Maya fica com a presidência do Activo Banco que o CEO do banco quer dinamizar até 2021, tendo inclusive a meta de duplicar o número de clientes.
Mas fica também com o tradicional Gabinete da Presidência; Direção de Comunicação; Direção de Recursos Humanos; e Secretaria Geral e Relações com Entidades Externas.
Em termos de Comissão Executiva Miguel Bragança e João Nuno Palma continuam a ser os vice-presidentes.
Olhando para o mapa de pelouros é possível traçar um perfil dos administradores executivos. João Nuno Palma (escolhido pela Fosun) fica com a área internacional, com a banca de investimento e com o private banking (inclui a banca de empresas, com a área de corporate de empresas e grandes empresas).
É da sua responsabilidade a sucursal de Macau; fica com a presidência do Millennium bcp Bank & Trust (nas ilhas Cayman); e com a presidência do Banque Privée Suíça. O que assume particular importância nos próximos quatro anos, uma vez que Miguel Maya anunciou multiplicar por três a quota de clientes affluent (de alto rendimento) com aconselhamento remoto e quer 51 mil novos clientes affluent.
Com aspiração para a presença internacional em 2021 o destaque vai para o reforço do crescimento do Banque Privée Suíça; expandir a base de clientes na Polónia; o apoio ao setor empresarial das diversas geografias no relacionamento comercial com a China; reforçar o posicionamento comercial e controlo do risco em Angola e prosseguir estratégia de crescimento sustentável em Moçambique. Tudo isto permitirá, segundo o CEO do BCP, chegar a resultados líquidos na área internacional da ordem dos 200 milhões de euros.
Miguel Maya estará como administrador dos bancos Millenium BIM (Moçambique); BMA (Angola); e Bank Millennium Polónia.
Em termos de pelouros, Miguel Bragança continua administrador financeiro e fica com especial responsabilidade pelo Activo Banco que será presidido pelo CEO do BCP. Mas também fica com especial responsabilidade nas participadas SIBS e Unicre; e ainda no Bank Millennium Polónia.
Os pelouros do CFO do BCP até 2021 são a Direção de Relação com Investidores; a de Contabilidade e Consolidação; a de Estudos e Planeamento; a assessoria jurídica e contencioso; a assessoria fiscal; e a Direção de Meios de Pagamento e Acquiring.
José Miguel Pessanha fica com os pelouros da supervisão. Isto é, com o Gabinete de Acompanhamento Regulatório e da supervisão; o Gabinete de Acompanhamento e Validação de Modelos; a Direção de Rating e ainda com a árdua tarefa do Gabinete da Proteção de Dados.
Para além do Risk Office e do Compliance Office, áreas que são na especialidade acompanhadas pela Comissão de Avaliação de Riscos e pela Comissão de Auditoria (que está sob fiscalização do chairman).
José Miguel Pessanha fica ainda administrador do BIM, do Banco de Investimento Imobiliário (BII), do banco na Polónia, do Banque Privée Suíça e da sucursal de Cayman. Para além de fica com especial responsabilidade pelo banco angolano onde o BCP é acionista (BMA), onde é responsável pela Comissão de Auditoria, e acumular com a Presidência da Comissão de Auditoria da holding de seguros Millennium BCP Ageas.
Depois temos Rui Manuel Teixeira com as Direções do Retalho; Marketing do Retalho; Gestão de Segmentos; e com a Direção de Qualidade e Apoio à Rede; a Direção de Wealth Managment (gestão de fortunas); a Direção do Negócio Imobiliário e a Direção de Acompanhamento Especializado.
Rui Manuel Teixeira é ainda administrador da Millennium BCP Ageas; e Presidente da sociedade Interfundos e do Banco de Investimento Imobiliário.
Finalmente a administradora do BCP, Maria José Campos que fica com as áreas da Recuperação de Empresas; Recuperação do Retalho e baixo montantes; com a Direção da Banca Direta; com a Direção de Operações; com a Direção de Informática e Tecnologia; e Direção de Compras e Meios.
Fica ainda com a Presidência do Conselho de Administração da sociedade Millenium BCP Prestação de Serviços.
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