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Número de hóspedes dos hotéis de Macau subiu 3,4% em abril

De acordo com dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos hotéis e pensões da região semi-autónoma chinesa tinha descido 2,7% em março e 7,8% em fevereiro.
29 Maio 2025, 17h32

Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram quase 1,2 milhões de hóspedes em abril, mais 3,4% do que no mesmo período de 2024, após dois meses de queda em termos anuais, foi hoje anunciado.

De acordo com dados oficiais da Direção dos Serviços de Estatística e Censos (DSEC), o número de hóspedes nos hotéis e pensões da região semi-autónoma chinesa tinha descido 2,7% em março e 7,8% em fevereiro.

Aliás, no que toca ao período entre janeiro e abril, o território continua a registar uma redução em termos anuais de 3,2%, para 4,78 milhões de hóspedes.

Isto apesar de Macau ter recebido, nos primeiros quatro meses de 2025, quase 13 milhões de visitantes, mais 12,9 por cento do que no mesmo período de 2024 e o segundo valor mais elevado de sempre para um arranque de ano.

No entanto, 58,5% dos visitantes (7,58 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.

O número de hóspedes continuou a cair em abril apesar de os hotéis terem cortado os preços médios dos quartos para 1.275 patacas (140 euros), menos 4% do que no mesmo mês de 2024, de acordo com dados da Associação de Hotéis de Macau, que reúne 47 estabelecimentos locais.

Segundo o relatório, divulgado pela Direção dos Serviços de Turismo, a queda deveu-se aos hotéis de cinco estrelas, cujo preço médio caiu 5,3%, para 1.442 patacas (158 euros), e aos hotéis de três estrelas, que registaram uma descida de 4,6% para 879 patacas (96 euros).

Apesar da diminuição no número de hóspedes, a ocupação média dos hotéis e pensões de Macau subiu para 89,6% entre janeiro e abril, mais 5,1 pontos percentuais do que no mesmo período de 2024.

Isto porque o número de quartos disponíveis em Macau diminuiu 4,3% em comparação com abril do ano passado, para cerca de 45 mil.

Os estabelecimentos hoteleiros de Macau acolheram mais de 14,4 milhões de hóspedes em 2024, estabelecendo um novo recorde histórico.

O anterior recorde, 14,1 milhões de hóspedes, tinha sido fixado em 2019, antes da pandemia de covid-19, num ano que Macau terminou com apenas 38.300 quartos em 122 estabelecimentos hoteleiros.

Em abril, o território tinha 147 hotéis e pensões, mais quatro do que no ano passado e o número mais elevado desde que a DSEC começou a compilar estes dados, em 1997, ainda antes da transição de administração de Portugal para a China.

“Temos cada vez mais turistas, mas o nível de consumo está a baixar”, alertou, em 13 de maio, o líder do Governo de Macau, Sam Hou Fai.

O chefe do executivo da região apontou para “uma mudança no modelo de consumo, a forma de visita”, uma vez que “os jovens visitantes têm a sua própria maneira de fazer turismo, a experiência vai ser diferente”.

O consumo médio de cada visitante em Macau, excluindo nos casinos, caiu 13,2% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024, disse a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC) do território.

A DSEC já tinha apontado a “alteração do padrão de consumo dos visitantes” como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.

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