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Número de passageiros transportados pela TAP diminuiu 62% no primeiro semestre

“A TAP atuou com agilidade e rapidez aos primeiros sinais de impacto da pandemia, adequando a capacidade ao novo cenário de procura e minimizando assim os custos operacionais com o objetivo de preservação de caixa”, comentou a companhia, no documento em que demonstrou um prejuízo de 582 milhões de euros no primeiro semestre.
28 Setembro 2020, 19h41

O decréscimo de capacidade de assentos oferecidos pelas companhias de aviação e do número de passageiros transportados na Europa foi pior que no resto do mundo nos primeiros seis meses do ano, afirmou esta segunda-feira a TAP, adiantando que a pandemia de Covid-19 provocou quedas de 54,3% e 62%, respetivamente, nessas duas rubricas da companhia portuguesa.

Assim, no acumulado do primeiro semestre de 2020, “o número de passageiros transportados pela TAP diminuiu 62,0% YoY, tendo a procura quando expressa em RPKs (ou Revenue Passenger Kilometer) registado um decréscimo de 58,9% YoY”, diz a TAP, referindo ainda que “a capacidade (medida em ASK – Available Seat Kilometer) diminuiu 54,3%, tendo-se observado uma deterioração do load factor (taxa de ocupação) em 8 p.p. YoY”.

A informação foi divulgada com os resultados do primeiro semestre, publicados no site da CMVM e na qual a companhia demonstrou um resultado líquido negativo de 582 milhões de euros.

A operação e resultados do primeiro semestre de 2020 foram “significativamente impactados pela quebra de atividade verificada a partir de março, em resultado da pandemia de Covid-19, que teve um enorme impacto na economia mundial e que afetou de forma sem precedentes o setor da aviação civil a nível global, em resultado das fortes medidas de contenção adotadas pelas autoridades nacionais e internacionais”, refere a TAP.

De acordo com as estimativas revistas da IATA para o setor (a junho de 2020), “o decréscimo de capacidade (medido em ASK – Available Seat Kilometer, ou seja, medidos pelo volume de ‘assentos-quilómetro oferecidos’) na Europa em 2020 deverá ser de 42,9%, superior ao decréscimo a nível global (-40,4%)”, refere a TAP, esclarecendo igualmente que, “no que se refere ao decréscimo estimado do tráfego de passageiros medido por RPK (ou Revenue Passenger Kilometer), que traduz a procura em 2020, este é de -56,4% na Europa e -54,7% a nível global”. Este decréscimo acentuado de capacidade e tráfego “é transversal a todas as regiões”, refere a TAP.

Por isso, “a quebra de atividade verificada a partir de março de 2020, mais do que eliminou a boa performance observada nos primeiros dois meses do ano, impactando muito negativamente a performance da TAP no primeiro semestre de 2020”, adianta o comunicado da TAP, referindo que “o mês de março foi já significativamente afetado pelas medidas de contenção adotadas pelas autoridades nacionais e internacionais que se refletiram também numa acentuada quebra na procura e levaram a TAP a diminuir a sua capacidade operacional, traduzindo-se numa redução progressiva da atividade ao longo do mês e numa paragem temporária quase total da atividade nos meses seguintes”. Nos quatro meses de março, abril, maio e junho, “o decréscimo de capacidade (medido em ASKs) foi de -34%, -99%, -98% e -97%, respetivamente, face aos meses homólogos de 2019”, informou a TAP.

“A TAP atuou com agilidade e rapidez aos primeiros sinais de impacto da pandemia, adequando a capacidade ao novo cenário de procura e minimizando assim os custos operacionais com o objetivo de preservação de caixa”, comenta a companhia, esclarecendo que “o corte de capacidade, de 33,9% em termos de ASKs logo no mês de março, foi fundamental para a diminuição dos custos variáveis, que representaram em 2019 aproximadamente 60% dos custos operacionais totais da TAP.

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