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“Nunca desistir”, palavra de Valter Lobo

Trocou uma carreira na advocacia pela música. O cantor e compositor que se afirma “independente”, no pensamento e na composição, sobe ao palco do Tivoli BBVA, em Lisboa, a 27 de janeiro, com a promessa de um concerto intimista e de grande proximidade.
21 Janeiro 2024, 08h00

Diz o adágio que “quem não quer ser lobo não lhe veste a pele”. Ou seja, quem não quer sofrer contrariedades, não se mete em perigos.

Nada disso passou pela cabeça de Valter Lobo, cantor e compositor português, quando preteriu a advocacia pela música. Se não era um ‘chamamento’, era algo parecido, pois em casa não havia o hábito de se ouvir música. Foi ainda em Fafe, terra natal de Valter, que teve o primeiro contacto com a guitarra acústica. Autodidata, a dada altura, quando percebeu que já dominava o instrumento e a voz, tudo aconteceu com naturalidade. Começou a compor e formou uma banda ou duas, já em Braga, nos tempos da faculdade. Como o próprio diz, “comecei tarde, com 27 anos”, mas não mais largou a guitarra e a vontade de escrever letras que lhe dessem paz de espírito.

Traz na bagagem o EP “Inverno” e dois álbuns, “Mediterrâneo” (2016) e “Primeira Parte de Um Assalto” (2022). E explica ao JE que este é uma espécie de “manual de instruções para nos deixarmos levar num ‘assalto’ a nós mesmos e a outras pessoas, que não seja a título material”. Revela ainda que em março irá lançar um novo álbum. Está dado o tom, falta apenas a geografia emocional desta conversa via zoom, que ligou Portugal ao Uruguai, onde Valter Lobo se encontrava, para atuar no festival La Serena. E foi por aí que começámos.

Como nasceu a tua relação com o Uruguai?
Desde o último ano e meio, mais ou menos, que comecei a vir ao Uruguai. Sabia que havia algumas pessoas que me ouviam, um nicho, é, claro, mas em menos de dois anos é já a quarta vez que me convidam para vir cá. A ideia é, também, fazer algum networking, pois os músicos que aqui vêm são argentinos, brasileiros e, claro, uruguaios. Já me perguntaram se queria voltar e tocar em Montevideu. Em La Serena fui o único europeu a atuar. [sorriso] Também me interessa manter contactos para, um dia, vir aqui fazer uma “gira”, como eles dizem. [sorriso]

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