Nuno Melo apresenta candidatura à presidência do CDS-PP neste sábado (com áudio)

O eurodeputado Nuno Melo vai lançar a sua candidatura à presidência do CDS-PP neste sábado, numa apresentação marcada para as 15h00 no Palácio da Bolsa, no Porto.

A candidatura será oficializada na véspera do Conselho Nacional do partido em que a atual liderança, presidida por Francisco Rodrigues dos Santos, fará o balanço das eleições autárquicas e marcará a data do próximo congresso, que deverá decorrer em dezembro, menos de dois anos depois de o antigo presidente da Juventude Popular ter sucedido a Assunção Cristas.

Desde então o CDS-PP passou a ter integrar o governo regional dos Açores, manteve as seis câmaras que governava, e integrou coligações com o PSD que resultaram na conquista ao PS da presidência de câmaras como Lisboa, Coimbra e Funchal. No entanto, vários críticos internos assinalaram que as fracas votações dos centristas quando se apresentaram a votos sozinhos.

Nuno Melo tem 55 anos e é deputado no Parlamento Europeu desde 2009, tendo sido o único eleito do CDS-PP nas europeias de 2019. Antes disso representou o círculo de Braga na Assembleia da República, tendo chegado a ser líder do grupo parlamentar centrista.

Apesar de ser um dos críticos da direção nacional presidida por Francisco Rodrigues dos Santos, Nuno Melo esteve ao lado do líder centrista durante a campanha eleitoral para as autárquicas, na qual integrou as listas da coligação entre PSD e CDS que viria a conquistar a Câmara de Barcelos.

Nessa ocasião, Francisco Rodrigues dos Santos – que não participou em ações de campanha de outros adversários internos, como João Pinho de Almeida (candidato à Câmara de São João Madeira) e Adolfo Mesquita Nunes (candidato à Assembleia Municipal da Covilhã) – referiu-se a Nuno Melo como um amigo e disse que a presença de ambos na campanha se tratava de “um sinal de unidade”.

Mas o certo é que logo em julho, durante as jornadas parlamentares do CDS-PP, Nuno Melo disse que não excluía apresentar uma candidatura à liderança do partido. E garantiu que iria apresentar uma moção ao próximo congresso, dizendo que a sua decisão quanto aos passos seguintes não teria a ver com o resultado que saísse das autárquicas, mas sim com o “estado geral do partido”.