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Nuno Morais Sarmento não apoia nem Rui Rio nem Paulo Rangel nas diretas do PSD

Atual vice-presidente do partido comunicou a Rio nesta segunda-feira que não irá apoiar a sua recandidatura. Em entrevista ao “Polígrafo SIC”, garantiu que não se manteria na comissão política mesmo que o eurodeputado não tivesse avançado para a liderança.
Flickr/PSD
15 Novembro 2021, 22h57

O dirigente social-democrata Nuno Morais Sarmento, que é um dos seis vice-presidentes da atual direção nacional do PSD, anunciou nesta segunda-feira, em entrevista ao programa “Polígrafo SIC” da SIC Notícias, que não apoiará nem Rui Rio nem Paulo Rangel nas eleições diretas para a presidência do partido.

“São duas pessoas em que me revejo. Qualquer um deles será condição de vitória para o PSD”, disse Morais Sarmento, defendendo que “qualquer um deles abre mais futuro do que António Costa e qualquer um deles tem a obrigação de ganhar a António Costa”.

Morais Sarmento revelou durante a entrevista que comunicara horas antes a Rio que não iria apoiar a sua recandidatura nas diretas de 27 de novembro, acrescentando que se Paulo Rangel não se tivesse candidatado à liderança continuaria a não estar disponível para permanecer na comissão política nacional.

Defendendo que Rangel está tão preparado quanto Rio para ser primeiro-ministro, na medida em que tal como falta ao eurodeputado a experiência de gestão do antigo presidente da Câmara do Porto, também o atual líder social-democrata “não tem contactos internacionais por aí além”, o antigo ministro da Presidência reconheceu que tem “uma relação pessoal de amizade” com Rangel desde que ele foi seu secretário de Estado, bem como “admiração por algumas das qualidades e competências”.

Nuno Morais Sarmento é até agora um dos seis vice-presidentes de Rui Rio, sendo os restantes André Coelho Lima, David Justino, Isabel Meirelles, Isaura Morais e Salvador Malheiro. Este último é também o diretor de campanha de Rui para as diretas que o opõem a Paulo Rangel e a Nuno Miguel Henriques.

Sobre a disputa interna, o ainda vice-presidente admitiu que a sua maior preocupação no Conselho Nacional que antecipou a data das diretas e do congresso era “ter a certeza de que o PSD saía dali perante o país como um partido responsável e maduro”. Algo que considera estar a ser conseguido, visto que os dois rivais, “em estilos diferentes”, têm mantido a campanha dentro daquilo que considera serem “limites normais”.

Para Morais Sarmento, o PSD sairá beneficiado por dominar a vida política ao longo do mês, defendendo que, pelo contrário, António Costa “deve ter pesadelos quando pensa na campanha eleitoral”, face ao desgaste das figuras do PS que integram o Executivo. “Foi um erro não ter feito a remodelação antes”, sustentou.

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