O El Economista destaca esta quarta-feira o papel fulcral que a Nvidia desempenha no desenvolvimento da inteligência artificial, mesmo perante a enorme quebra que a empresa registou em bolsa, esta semana.
Recorde-se que o fabricante de chips perdeu 592 mil de dólares em bolsa na sequência dos receios gerados perante o modelo de inteligência artificial vindo da China, o Deepseek, que recorre a menos chips face a outras opções como por exemplo a da OpenAI, que possui o ChatGPT.
A publicação espanhola diz que apesar do Deepseek precisar de cerca de dois mil chips, da Nvidia, face aos 16 mil de outras opções disponíveis no mercados, mesmo assim a Nvidia deve passar a ser a empresa mais rentável em todo o mundo, até 2026.
Tal se deve, explica o El Economista, apoiando-se na análise do Citigroup, a fatores como por exemplo a expetativa de que os gastos com chips continuem a aumentar a um ritmo “forte”, entendendo também que o DeepSeek não deve afetar a Nvidia por vários fatores.
Entre estas a de que o desenvolvimento alcançado pelo DeepSeek não foram alcançados sem o uso de tecnologia da Nvidia, pelos planos de investimento anunciados pelo projetos Stargate, que envolve um investimento dos Estados Unidos de 500 mil milhões de dólares, e também por o DeepSeek se encontrar num fase muito inicial de desenvolvimento face a outras tecnologias dentro da mesma área.
O economista chefe do Andbank, citado pelo El Economista, Alex Fusté, referiu que um “risco real” ligado à supremacia da China na área dos semicondutores precisaria de “provas concertas” de que o país consegui desenvolver chips que são “superiores” aos que são desenvolvidas atualmente pela indústria.
Este fatores, reforça o El Economista, deverão levar a que a Nvidia, obtenha os maiores lucros, ao nível mundial, em 2026, referindo que as previsões dos especialistas colocam os lucros da empresa, para o ano fiscal de 2026, em quase 130,5 mil milhões de dólares, ficando à frente da Alphabet (proprietária da Google) que atingiria 124,1 mil milhões e da Apple (120,4 mil milhões).
O El Economista salienta que os resultados da Nvidia, para o ano fiscal de 2025, que serão apresentados a 26 de fevereiro, devem colocar os lucros líquidos em 71 mil milhões de dólares, mais 139% face ao ano anterior, e até 2025 estes devem aumentar mais 50% para os 107 mil milhões de dólares.
A publicação espanhola refere ainda, apoiando-se na Bloomberg, que até 2026 os lucros da Nvidia aumentariam mais 22%, em 2027 cresceriam mais 23%, sendo que em 2027 os lucros devem atingir os 160,8 mil milhões de dólares.
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