O dossiê do 5G é vital para o nosso país e é muito importante acelerar todo este processo para que possa vir a dar frutos quanto antes. Como disse recentemente o presidente da Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), João Cadete de Matos, “o importante é que o país não se atrase” no 5G, uma preocupação que também foi acompanhada pela Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição, que através do seu diretor-geral, Gonçalo Lobo Xavier, afirmou que a tecnologia 5G é um imperativo para Portugal, pelo que é determinante que sejam criadas condições e estruturas que permitam essa transformação.
Percebemos bem a importância do 5G quando observamos que terá um impacto económico positivo a nível nacional na casa dos 35 mil milhões de euros. Terá implicações nas nossas vidas, na sociedade, nas empresas, na indústria e na transição digital do país e deverá por isso contar com o empenho de todos e é determinante para o futuro do país e o seu crescimento económico nos diferentes sectores, com mais destaque para a área dos media; da manufatura, agricultura, segurança, saúde, transportes públicos, sector automóvel e também da energia e utilities.
Como apenas um exemplo de alterações da nossa vida no futuro, no caso dos automóveis autónomos uma rede 5G permitirá que um carro ‘fale’ com outro em tempo real e indique, por exemplo, a existência de um acidente em determinada via ou de um engarrafamento. Essas informações viajam instantaneamente graças ao 5G para que os sistemas possam tomar decisões, como uma travagem ou um desvio.
Mas regressando ao impacto económico, é bom recordar também o que disse a este mesmo jornal o managing partner da Roland Berger, António Bernardo, quando considerou que a criação de valor na ordem dos 35 mil milhões de euros até 2035 é “equivalente a um impacto anual de um ponto percentual acrescido ao PIB nacional, beneficiando transversalmente todos os setores económicos, sobretudo pelo aumento da competitividade e surgimento de novos modelos de negócios, em particular nas pequenas e médias empresas”.
Na verdade, como salienta a Ericsson num relatório, o consumo mensal de dados por smartphone passará para mais do triplo nos próximos cinco anos, de 7,2 para 24GB, em média. A maioria desses dados será impulsionada por novos comportamentos da nossa parte, como consumidores.
Tudo isto será portanto um novo mundo para o qual é importante fomentar as boas práticas dos operadores. Como tive oportunidade de dizer no Parlamento há poucos dias, da parte dos operadores atuais e dos eventuais novos entrantes no mercado do 5G, o que importa é assegurar que as suas obrigações de cobertura não permitam uma atitude de investimento especulativo e sim fomentem uma estratégia de crescimento económico de longo prazo. Dessa forma, e num sistema de concorrência amigo dos consumidores, todos sairemos a ganhar.
Segundo a mais recente sondagem, Marcelo Rebelo de Sousa é o preferido à esquerda e à direita recolhendo a intenção de voto de 68% dos portugueses. Uma boa notícia para aquele que – tal como tive ocasião de declarar no Conselho Nacional do CDS-PP – será também o meu candidato.
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