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O crowdfunding faz girar o mundo

Se a mudança é notícia, aproveitá-la é revolução. A recente luz verde à lei que tornou possível oferecer equity crowdfunding, permitiu o lançamento da plataforma Seedrs nos Estados Unidos. A startup, fundada por um português e um britânico, quer crescer e o mercado norte-americano era um sonho antigo. Pensada como uma alternativa às clássicas fontes […]
16 Novembro 2015, 19h35

Se a mudança é notícia, aproveitá-la é revolução. A recente luz verde à lei que tornou possível oferecer equity crowdfunding, permitiu o lançamento da plataforma Seedrs nos Estados Unidos. A startup, fundada por um português e um britânico, quer crescer e o mercado norte-americano era um sonho antigo. Pensada como uma alternativa às clássicas fontes de financiamento, a Seedrs aparece como solução muitas empresas em fase inicial: basta à empresa dizer quanto dinheiro precisa e qual a percentagem da companhia de que está disposta a abdicar para conseguir chegar ao valor desejado para o processo começar.

Avaliada em 42,4 milhões de euros, logo depois de um investimento de 14 milhões anunciado em julho deste ano, a empresa permite a qualquer pessoa investir em projetos com os quais se identifica ou em que acredita. Um mês antes, a empresa anunciava a entrada de Andy Murray, o campeão de ténis britânico e terceiro no ranking da ATP como um dos consultores estratégicos, tornando-se a primeira figura pública a investir em startups através de uma plataforma de crowdfunding. Só no ano passado, a empresa foi responsável por gerar financiamento a 110 startups que se candidataram ao processo: o financiamento começa nos 10 euros ou nas 10 libras.

Mas esta não é a única primeira vez da empresa: fundada em 2012 e com base em Londres, a Seedrs é também a plataforma de estreia a atuar no financiamento coletivo que é regulada pela entidade que supervisiona o mercado financeiro britânico. No início deste mês, estabeleceu com o banco ING uma parceria para facilitar o financiamento de projetos de empreendedorismo na Bélgica e Luxemburgo através do mesmo mecanismo: o objetivo, explica a empresa, é proporcionar um investimento diversificado em startups dos dois países e, por isso, o banco funcionará como “parceiro e conselheiro” da plataforma luso-britânica. “Para os empreendedores com ideias inovadoras, um empréstimo bancário clássico nem sempre é a melhor ou única solução”, explica Carlos Silva, CEO da empresa, em comunicado. Novidades contadas, os planos continuam a ser de crescimento: o mercado de crowdfunding, garantem os fundadores ao Financial Times, cresceu em média 410% entre 2012 e 2014 tendo a Seedrs como principal concorrente no Reino Unido o CrowdCube. Todos os meses entram para a plataforma 3000 novos utilizadores e uma dezena de empresas são financiadas por investidores de cerca de 30 países diferentes. E a lista não vai parar por aqui.

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