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O Estado da Região nos últimos três anos de Governo

Têm sido 3 anos em que ainda não é visível a eliminação da exploração em alguns sectores de trabalho, nem as desigualdades sociais, crescentes e evidentes. E em que em termos socioeconómicos, continuam a prevalecer os grandes interesses económicos e financeiros.
1 Agosto 2018, 07h15

Findos 39 meses deste governo, a conclusão é uma: é preciso um Novo Rumo para a Região! Temos ainda muitas promessas por cumprir, e à ação tem-se sobreposto a retórica, muita retórica e a delonga na sua concretização.

Quando a política se vira para os números e propaganda e se esquece de estar ao serviço das pessoas, é sempre um retrocesso, para a democracia e para a qualidade de vida dos povos. E este Governo tem-se esquecido das pessoas, basta atentar na quantidade e sobretudo, no conteúdo de matérias avançadas que a maioria que o suporta, tem reprovado na Assembleia Legislativa Regional. E que matérias são essas? O PCP, por exemplo, apresentou mais de uma centena de diplomas no âmbito das questões laborais, sociais, da saúde, do ambiente, da agricultura, da educação…A exemplo: para complementar pensões e reformas com mais 65 euros; para regularizar as horas de trabalho em empresas públicas; para contrariar o fim da contratação coletiva; para apoiar desempregados; para acrescer o SMN na Região em 7,5%; para garantir o acesso gratuito a manuais escolares; para salvaguarda dos direitos das crianças e da sua segurança; para que nenhuma criança ficasse privada de médico de família; para prevenção de adições; para melhoria da acessibilidade dos cidadãos; para defesa dos direitos laborais; para combate ao despovoamento na Costa Norte; para a criação de uma reserva agrícola na Região; para o combate e prevenção da violência contra idosos; para a criação de mais equipamentos públicos de acolhimento de idosos e de altas problemáticas; para a proibição do acorrentamento perpétuo dos animais, entre tantos outros, que na maioria não tiveram acolhimento por parte do PSD (para em alguns casos após reprovação dos diplomas da oposição, os apresentarem como sendo de sua autoria, ou seja cumprimentando com o chapéu alheio). É que estas matérias, que são a expressão da vontade popular, são valores secundários para este governo, e resumem-se-lhe a meros instrumentos de campanha eleitoral.

Têm sido 3 anos em que ainda não é visível a eliminação da exploração em alguns sectores de trabalho, nem as desigualdades sociais, crescentes e evidentes. E em que em termos socioeconómicos, continuam a prevalecer os grandes interesses económicos e financeiros. É que na Região subsiste ainda um modelo económico assente em baixos salários, que recorre ao desemprego e à precariedade como instrumentos da política regional de emprego, e o seu progresso não é dissociável do combate ao desemprego e à precariedade, assim como da promoção e criação de emprego com direitos e da valorização dos salários , para elevação das condições de vida de quem trabalha e para  uma mais justa distribuição da riqueza. Ou não são os trabalhadores o pilar e sustento primordial de qualquer modelo económico?

O Estado da Região é o estado da ação governativa e está comprovado que esta tem de mudar, enveredando por uma política de causas e por um projeto sustentável para a sociedade madeirense e portossantense. Um governo não pode ser cego ou surdo aos interesses públicos dos cidadãos!

 

 

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