Decorria o ano de 1822 quando a ourivesaria Leitão & Irmão iniciou atividade na Rua das Flores, no Porto. O obreiro José Pinto Leitão regista a marca e a história começa a fazer-se, em paralelo à do país. Em 1873, a Casa Leitão é reconhecida como Ourives da Casa Imperial do Brasil por D. Pedro II e, em 1877, o rei de Portugal D. Luís I concede-lhe o título de Joalheiros da Coroa, o que origina a mudança para Lisboa, onde estava a corte. É no coração da Baixa Pombalina, em pleno Chiado, que nesse mesmo ano os irmãos Narciso e José Leitão abrem a loja que ainda hoje se mantém.
Jorge Leitão, trineto do fundador e sexta geração à frente do negócio, guia o Et Cetera pelas oficinas, desde sempre instaladas num palacete no Bairro Alto, destacando aqui e ali peças que atestam a excelência do laborioso trabalho feito pelos artífices e mestres desta casa bicentenária.
O futuro está a ser preparado?
O futuro desta casa faz-se todos os dias, nunca está garantido para lá de hoje. Tenho diversos filhos e netos, e é possível que continue na família, tal como é possível que não continue. [sorriso] Devo dizer que não tenho uma vontade especial quanto a isso. A vontade que eu realmente tenho é que a casa continue, e continue a criar riqueza para quem cá trabalha.
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