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O gin de ervilhas que quer salvar o planeta

A biofermentação de leguminosas na produção de bebidas alcoólicas é a nova arma de arremesso contra a pegada ecológica.
15 Julho 2019, 10h50

Um novo estudo científico, disponível na plataforma Science Direct, garante que a substituição do trigo por ervilhas no processo de fermentação e destilação do gin reduz significativamente a pegada ecológica e contribui para o combate do défice de produção de proteínas vegetais na União Europeia.

A destilaria escocesa Arbikie forneceu os registos operacionais da produção de gin convencional para que os investigadores pudessem compará-los com os ensaios-piloto da produção da bebida com amido de ervilha.

Gin de ervilhas revelou-se mais ecológico em 12 de 14 categorias de impacto ambiental estudadas

Os testes ao futuro ‘green’ gin revelam que o uso da biofermentação de leguminosas consegue diminuir em 12% a taxa de aquecimento global e em 48% a carga de acifificação, um método artificial usado para reduzir o desenvolvimento de micróbios. As ervilhas são ainda capazes de fixar o nitrogénio diretamente do ar e reduzir o uso de fertilizantes sintéticos nitrogenados.

Os investigadores garantem que as leguminosas têm um papel essencial da luta contra as mudanças climáticas e preparam-se para testar o mesmo processo na produção de outras bebidas como a cerveja e a vodka.

Além disso, a equipa assegura que o cocktail vegetal terá o mesmo sabor que o gim tradicional através do método de dupla destilação e da infusão de aromas botânicos.

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