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O homem que ajuda os CEO a tornarem-se mais humanos

Ricardo Sunderland, partner da Egon Zehnder, desafia os CEO a descobrirem o poder da sua própria energia e tornarem-se mais humanos. Com o respaldo do grupo de ‘headhunting’, lidera um movimento para levar mais longe este propósito nas empresas e fazer do mundo um lugar melhor.
14 Dezembro 2024, 20h00

Ricardo Sunderland acredita na sorte. Sente-se bafejado por ela no momento em que toca à campainha da Egon Zehnder numa tentativa de voltar à base inicial, a banca. Ainda não tem 40 anos e a função que desempenhou na KPMG América Latina deixou de o interessar. O mundo da auditoria atravessa um período de turbulência desde o início do milénio, provocado pelo ‘escândalo Enron’, que jogou a Arthur Andersen no tapete.

Estamos em 2007. O antigo banqueiro do Citigroup no México não regressará à banca. Acabará contratado pela crème de la crème do headhunting mundial, a Egon Zehnder, de que se tornará partner. Com a bagagem adquirida como coach transformacional, década e meia depois, escreve “The Energy Advantage – How to Go from Managing Your Time to Mastering Your Energy”, que pretende ser a base de um movimento que envolve toda a Egon Zehnder, visando mudar do topo para a base a gestão empresarial com líderes mais humanos.

“Ajudo os líderes a integrar o seu sofrimento, para que possam libertar o seu verdadeiro eu e desfrutar do seu brilhantismo e inteligência na sua função de CEO (Chief Executive Officer)”, começa por dizer, arrumando , de imediato, com o mito. Os gestores milionários também sofrem. É, explica, o sofrimento que os torna resilientes e lhes permite assumir as responsabilidades que assumem. No geral, adianta, são brilhantes, têm êxito, mas não são felizes. Vivem uma vida dupla: fortes no trabalho, sensíveis na família. Os líderes e gestores de alto perfil enfermam de um vazio emocional, salienta, que decorre da existência desse duplo eu, provocado por um sistema de crenças autolimitativas e um conjunto de medos que os levam a pôr de lado os sentimentos. Pensam, por exemplo, que “mostrar vulnerabilidade é mostrar debilidade”, quando não é.

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