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“O ideal era que todos saíssem vivos, mas preferimos salvar os reféns”, diz governador do Rio de Janeiro após sequestro

Wilson Witzel parabenizou o trabalho do BOPE e lamentou a morte do sequestrador. Aos jornalistas, o governador do Rio de Janeiro apelou para que “este tipo de atrocidade” não se volte a repetir e anunciou que a família do criminoso terá acompanhamento.
20 Agosto 2019, 17h42

O governador brasileiro Wilson Witzel deu os parabéns à ação militar durante o sequestro que ocorreu esta terça-feira às 6h00 da manhã (hora local), na Ponte Rio-Niterói, no Rio de Janeiro.

“Parabenizo a policia militar do estado do Rio de Janeiro e outras cooperações que atuaram para que essa operação tivesse o desfeito que teve hoje, um verdadeiro sucesso no salvamento de vidas humanas”, afirmou Wilson Witzel. “Tivemos uma missão cumprida”, sublinhou.

Em declarações aos jornalistas, divulgadas pelas estações televisivas, o governador do Rio de Janeiro destacou o trabalho do Batalhão de Operações da Polícias Especiais (BOPE), polícia de elite brasileira, que conseguiu resgatar os 37 reféns detidos pelo sequestrador.

William Augusto Nascimento tinha 20 anos e identificava-se como um polícia militar, alegando estar armado. Segundo um dos passageiros sequestrados, Hans Moreno, entrevistado pela “Globonews”, o criminoso tinha uma pistola (de brinquedo, disse mais tarde a polícia), uma faca e comunicava por um rádio com os polícias.

Segundo uma das vítimas, William terá entrado numa estação à entrada da ponte e não roubou os pertences de ninguém, só anunciou o sequestro, pediu ao motorista para atravessar o autocarro meio da estrada e pintou com um spray as janelas de preto.

Depois de manter as vítimas detidas por 3h30 e ameaçar incendiar o autocarro, o sequestrador desceu do transporte e atirou um casaco aos polícias. Foi nesse instante que foi baleado. Nenhum dos reféns ficou ferido.

“Lamento, mais uma vez, a morte do agressor. Que Deus tenha piedade da sua alma. Vamos continuar a orar para que outros não tenham a mesma vontade de fazer esse tipo de atrocidade. A polícia mostrou que não será leniente na violência contra inocentes e vai continuar a trabalhar dessa forma”, vincou, horas depois do sucedido.

Antes de se dirigir aos jornalistas, o governador chegou ao local aos pulos e a festejar o desfecho do caso.

Durante a conferência de imprensa, o governador afirmou que Nascimento tinha problemas mentais. Na rede social Twitter, Witzel agradeceu mais uma vez às autoridades, mas confessou que “o ideal era que todos saíssem vivos da operação, mas preferimos salvar os reféns”.

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