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“O maior desafio é garantir a sustentabilidade ambiental do nosso planeta”, destaca Sara Cerdas

O líder dos socialistas madeirenses, Emanuel Câmara, referiu que as eleições europeias são a oportunidade de mostrar já “o cartão amarelo” ao Governo Regional, para, depois, a 22 de setembro, os madeirenses e porto-santenses mostrarem o “cartão vermelho”.
10 Maio 2019, 09h21

A candidata do partido Socialista-Madeira às eleições europeias, Sara Cerdas, apresentou, na passada quinta-feira, o manifesto “Geração Madeira”, onde destaca áreas prioritárias para o seu mandato no Parlamento Europeu, sendo que “o maior desafio é garantir a sustentabilidade ambiental do nosso planeta e combatermos as alterações climáticas”.

Para Sara Cerdas os desafios são muitos e por isso as prioridades também. A candidata socialista começou por destacar, numa sessão que teve lugar no auditório da Reitoria da Universidade da Madeira, a necessidade de uma nova agenda social na Europa que esteja também ao serviço da Região.

Dentro desta prioridade, a candidata do PS refere “políticas que promovam a criação de emprego, a redução das desigualdades e da pobreza e o investimento na educação e qualificação, protegendo os mais vulneráveis, em especial os mais jovens, os idosos, os desempregados e os trabalhadores com menos rendimentos”.

A igualdade e a inclusão são também prioridades, bem como a educação e a qualificação, onde Sara Cerdas afirma a necessidade de investimento “procurando reduzir o dramático abandono escolar precoce, mas também aumentar a qualificação dos adultos”.

A socialista apontou também como prioridade um novo modelo de desenvolvimento económico capaz de gerar emprego. “Defenderemos o Centro Internacional de Negócios da Madeira junto das instituições europeias, comprometidos com a sua total legalidade e transparência; valorizaremos o Registo Internacional de Navios da Madeira, a Zona Económica Exclusiva, a Economia Azul, o nosso Turismo e a importância da posição atlântica da Região nas relações comerciais e geopolíticas da Europa, em particular com os continentes americano e africano”, sustentou.

Por outro lado, Sara Cerdas considera que a Madeira como Região Ultraperiférica deve ter uma discriminação positiva, que assegure a este tipo de regiões disposições e medidas específicas que ajudem a fazer face a constrangimentos de natureza estrutural e natural específicos.

A agricultura e as pescas são, segundo a candidata, alvo de atenção redobrada, em especial a aplicação dos fundos existentes para a renovação da frota pesqueira e investimentos a bordo, a defesa da produção regional, a modernização dos setores, o aumento dos rendimentos e a sua justa distribuição, em especial aos produtores.

Uma nova política de mobilidade é outro dos aspetos defendidos por Sara Cerdas, onde garante uma terceira companhia aérea para a rota de Lisboa e uma ligação ferry regular todo o ano para o Continente.

Prioridades à parte, Sara Cerdas ainda teve tempo para fazer uma crítica a “quem governa a Região” porque “nem sempre soube aproveitar da melhor forma as oportunidades”.

“Acima de tudo, precisamos de combater a pobreza que devia envergonhar quem nos governou até aqui, sobretudo com os olhos postos no betão”.

O presidente do PS-Madeira, Emanuel Câmara, está convicto de que o PS vai ter um grande resultado nas próximas eleições europeias e que vai ser o único a ter um representante da Madeira e dos Açores no Parlamento Europeu, destacando, por esta via, o facto de o partido a nível nacional ter colocado representantes das regiões insulares em lugares de destaque na lista nacional. Emanuel Câmara aproveitou uma vez mais para apelar ao trabalho de todos e todas para estas eleições europeias, considerando que “este é o primeiro passo para que a 22 de setembro se concretize finalmente a alternância do poder na RAM”. O líder dos socialistas madeirenses referiu ainda que estas eleições são a oportunidade de mostrar já “o cartão amarelo” ao Governo Regional, para, depois, a 22 de setembro, os madeirenses e porto-santenses mostrarem o “cartão vermelho”.

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