[weglot_switcher]

“O nível de literacia jurídica em Portugal ainda é baixo”

Relatório de Sustentabilidade 2015-2017 da Abreu Advogados mostra que a firma reduziu a impressão de papel em 65% com gestão ‘paperless’ e aumentou a percentagem de mulheres para 60%.
3 Dezembro 2018, 09h00

O último relatório de Sustentabilidade da Abreu Advogados (2015-2017) mostra que, durante este período, medidas como o ‘Paper@less’ permitiram à sociedade reduzir o consumo de papel em 65% e diminuir as toneladas de carbono emitidas de 498 para 351. O documento tem ainda em conta indicadores as publicações do Instituto de Conhecimento (187), o volume de negócios (24,6 milhões de euros, mais 24% que no biénio 2013-2014) ou as atividades pro bono. Em entrevista ao Jornal Económico, Duarte d’Athayde, managing partner, afirma que, este ano, o relatório foi transformado em vídeo para “chegar a mais pessoas” e seguir a tendência da informação “num formato mais leve”.

A que se deve esta preocupação com a sustentabilidade?

De certa forma tem a ver com a nossa identidade e é inerente à forma como nós nos vemos. Nascemos como uma sociedade de advogados que se quis sempre institucional e perdurar para além da vida dos seus sócios fundadores. Uma sociedade de advogados que quer perdurar no tempo tem de se preocupar com a sustentabilidade e aquilo que vai acontecer no futuro e com a utilização dos recursos hoje, para que possam ser reutilizados pelas gerações futuras.

O relatório foi feito por quem?

Por nós. Somos nós que damos uma fotografia daquilo que temos feito em termos de sustentabilidade nos últimos anos. Mas, depois, temos um grupo externo de sustentabilidade que faz a autenticação, que olha para aquilo que produzimos, vê e verifica. Dão a sua opinião e participam também na elaboração do relatório. Ou seja, a base é dada por nós mas depois temos um painel de entidades externas, independentes que olham para o que nós fizemos e validam. É o quinto que fazemos. O primeiro foi em 2007/2008, o que significa que estamos há praticamente 10 anos a cobrir aquilo que a sociedade em termos de sustentabilidade e denota a preocupação que temos com a sua sobrevivência enquanto instituição. Surgiu a ideia logo no início, quando ninguém o tinha feito na área do Direito. É uma situação bastante ímpar em termos de sociedade de advogados e também de empresa portuguesa. Não é todos os dias que uma empresa tem este histórico de sustentabilidade relatado numa sequência destas. Destaco a nossa evolução.

 

 

Conteúdo reservado a assinantes. Para ler a versão completa, aceda aqui ao JE Leitor.

Copyright © Jornal Económico. Todos os direitos reservados.