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“O Nosso Bacalhau”. Indústria pede a supermercados e restaurantes para promoverem produto nacional

A indústria transformadora, que representa anualmente mais de 400 milhões de euros, diz que a interrupção das exportações provocou consequências graves na atividade, sendo consequência direta a entrada em regime de layoff de cerca de 40% deste universo.
19 Maio 2020, 07h45

A Associação dos Industriais do Bacalhau de Portugal (AIB) apelou esta segunda-feira às empresas de distribuição e restaurantes para promoverem o consumo do bacalhau produzido no país, à semelhança do que tem acontecido com outros produtos, de forma a inverter o aumento de importações e apoiar uma indústria nacional que viu as exportações interrompidas devido à pandemia da Covid-19.

Para esse efeito, a AIB enviou uma carta para as empresas de distribuição portuguesas, para a Associação que as representa (APED) e para a Associação de Hotelaria, Restauração e Similares (AHRESP) .

“Esta indústria transformadora que representa anualmente mais de 400 milhões de euros de volume de negócios e na linha do que se tem vindo a fazer noutras áreas da produção nacional, desafia as  empresas de distribuição e os restaurantes a promoverem o consumo do bacalhau de produtores portugueses: O Nosso Bacalhau”, explicou a AIB.

Na carta, a associação recorda que atualmente existe um conjunto de produtores portugueses que tem presença nas cadeias de distribuição alimentar, mas saliente que é também conhecida a elevada quota de mercado que empresas
estrangeiras ocupam, designadamente, no que ao bacalhau salgado seco respeita.

“Este ano, nos primeiros meses, as importações de bacalhau salgado seco cresceram a dois dígitos, ao invés das de produção nacional, e  isto afeta negativamente as nossas associadas e por sua vez a economia do nosso país, com todos os efeitos nefastos que esta situação traz ao nível do emprego e da criação de valor”, explicou.

“Esta pandemia, cuja emergência sanitária levou ao encerramento abrupto dos estabelecimentos hoteleiros e da restauração e que, por ser global, também interrompeu os fluxos exportadores tradicionais desta indústria, provocou consequências graves na atividade das nossas associadas, sendo consequência direta a entrada em regime de layoff de cerca de 40% deste universo e com possíveis consequências futuras, nomeadamente, na extinção de postos de trabalho”, sublinhou.

A AIB referiu ainda que as unidades industriais de bacalhau portuguesas estão equipadas com as mais recentes tecnologias e respeitam todas as exigências regulamentares em termos de higiene e segurança alimentar.

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