Quais são os principais desafios que o país enfrenta?
O principal desafio é o de criarmos os incentivos certos para elevarmos o investimento (físico e humano), a produtividade e o nosso crescimento económico potencial, o que é instrumental para debelar, a prazo, os outros desafios, como o problema demográfico e o risco associado de insustentabilidade da Segurança Social e do Estado social em geral. De facto, com uma maior produtividade, os salários poderão subir de forma sustentável e conseguir reter e atrair talento, incluindo o jovem, num círculo virtuoso.
Continuam a faltar reformas estruturais para elevar o crescimento potencial?
Sim. Desde logo, uma reforma ampla do Estado, tendo em vista melhorar a sustentabilidade e a eficiência da despesa pública, pois só assim a carga fiscal poderá baixar de forma duradoura. Falta também alcançar consensos mínimos nessa reforma importante e noutras, como apontei (IRC, IRS jovem, benefícios fiscais), para terem continuidade e efetividade. Assinalo ainda como crucial o combate à corrupção, pois esta corrói as instituições e penaliza o crescimento económico. O pacote anticorrupção do governo é uma boa base de partida, mas pode ser melhorado e deve ser consensualizado.
O aumento de medidas do PRR emestado preocupante ou crítico é um sinal que pode estar em risco a conclusão de todos os investimentos nos prazos previstos? O PRR arrisca a ser uma oportunidade completamente perdida?
Penso que podemos evitar a perda de fundos, a acreditar nas palavras do ministro Adjunto e da Coesão, Manuel Castro Almeida, que tem uma elevada competência nesta área e já promoveu medidas para acelerar a execução, como a redução da burocracia e, mais recentemente, o anúncio de uma reprogramação em 2025, visando uma execução de 100% em 2026, quanto termina o PRR.
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