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“O PCP tem o seu próprio programa”. Jerónimo de Sousa rejeita acordo escrito com o PS

“Há quatro anos foi exigido um acordo escrito por parte do Presidente da República”. Jerónimo de Sousa realçou que o quadro não é esse e que não há nenhum obstáculo à formação de um governo socialista.
  • Cristina Bernardo
9 Outubro 2019, 18h32

À saída da reunião com o PS, Jerónimo de Sousa, líder do PCP, realçou que existe atualmente “conjuntura política distinta de 2015” já que há quatro anos foi exigido um acordo escrito por parte do Presidente da República. Jerónimo de Sousa realçou que o quadro não é esse e não há nenhum obstáculo à formação de um governo socialista.

“O PCP tem o seu próprio programa” para garantir o desenvolvimento económico e tal como em 2015, “o PS conhece esse programa”, realçou Jerónimo de Sousa.

O secretário-geral do PS defendeu hoje que há um quadro político distinto face a 2015, que respeita a opção do PCP de não exigir acordo escrito de Governo e que tratará sem preferências os parceiros de esquerda.

“Respeitamos os partidos que entendem que é útil que haja acordo escrito [Bloco de Esquerda] e também os partidos que entendem que não é útil que haja acordo escrito [PCP]. Não trabalharemos preferencialmente com nenhum dos partidos com quem temos contactos ao longo do dia de hoje”, declarou António Costa no final de hora e meia de reunião na sede do PCP.

Antónia Costa congratulou-se por, até agora, nenhuma força política (Livre, PAN, PEV e PCP) “ter fechado a porta” à formação do novo governo socialista, defendeu que “há razões para se encarar com confiança” a próxima legislatura, mas advertiu que o quatro político atual é distinto àquele que se verificava em 2015, quando foi formada a “Geringonça”.

“Nesta reunião, o que foi manifestado pelo PCP – e que consideramos positivo – é a disponibilidade para fazer a apreciação conjunta desde logo do Orçamento do Estado. Haver essa disponibilidade é um sinal positivo”, insistiu.

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