Num mercado de trabalho em constante evolução, impulsionado por inovações tecnológicas nos setores da indústria, saúde, serviços, comunicações, as competências STEM (Ciência, Tecnologia, Engenharia e Matemática) tornaram-se essenciais para o desempenho e performance esperados dos colaboradores, permitindo a inovação nas organizações. Além da busca pela vantagem competitiva que estas competências oferecem, as empresas estão cada vez mais atentas à importância da diversidade e inclusão nestas áreas.
A automação, robótica ou inteligência artificial, presentes em tantos campos sociais e profissionais, deixam clara a importância das competências STEM. A acelerada transformação digital e tecnológica exige que as empresas atualizem constantemente os seus conhecimentos, práticas e produtos. Esta atualização apenas será possível com a atração e retenção de colaboradores que tenham estes conhecimentos ou através da capacitação das equipas atuais, investindo em formação ou processos de requalificação (reskilling).
A diversidade é, como sabemos, um dos principais pilares da inovação. Ao valorizar a diversidade individual – de perspetivas, conhecimentos e formação – as empresas fomentam a criatividade, o brainstorming, a aprendizagem contínua e a capacidade de resolução de problemas complexos, gerando uma vantagem competitiva. Democratizar o acesso à ciência (formação e informação) – que permitirá uma consequente maior diversidade nas empresas – é imprescindível para a inclusão de todos nas principais discussões de vanguarda sobre temas tecnológicos e digitais.
As empresas podem desempenhar um papel importante no acesso diversificado e inclusivo às competências STEM, beneficiando também com esta difusão e desenvolvimento do conhecimento. Em primeiro lugar, é imprescindível a criação de ambientes de trabalho mais diversos e inclusivos.
Após este primeiro passo, algumas práticas podem incluir facilitação de programas de formação interna, como mentoria, ou externa, como parcerias com universidades e criação de bolsas de estudo, bem como a participação regular em eventos e conferências. Academias Internas e Programas de Trainees são também bastante valiosos. A criação de grupos de trabalho dedicados a temas definidos estrategicamente pela empresa promove a proximidade entre pessoas de vários departamentos, o que pode ser ainda mais produtivo. Processos de reskilling permitem a atualização de competências, preparando os colaboradores para os novos desafios. Eventos e propostas corporativas, como competições e sistemas de premiação pública são valorizados pelas equipas e fomentam a competitividade.
No que toca a recrutamento e seleção (R&S), podem ser implementados testes cognitivos que avaliem não só competências técnicas, mas também o pensamento crítico e a capacidade de resolução de problemas. Para valorizar as competências e a sua aplicação, devem ser implementados sistemas de benefícios que promovam a partilha de conhecimento e a mentoria.
Como vimos, as competências STEM são imprescindíveis para o futuro das empresas de todos os setores. Através da diversidade e inclusão no acesso a este tipo de ferramentas, as empresas encontram maior vantagem competitiva e diferenciação no mercado. É necessário, portanto, um olhar crítico e criativo sobre estas práticas, integrando-as numa estratégia de visão de futuro e mentalidade de crescimento.