O BE Madeira tem a convenção regional marcada para 7 de março. Paulino Ascensão e Tiago Camacho são candidatos à coordenação dos bloquistas madeirenses. Conheça quais são as estratégias e medidas apresentadas por Tiago Camacho.
À convenção do BE Madeira Tiago Camacho, leva a moção ‘Um bloco de transformação, Uma Esquerda Alternativa’. O candidato diz que não se trata de uma candidatura de rotura face à atual direção dos bloquistas madeirenses, mas antes “uma visão diferente” para o partido.
Na moção Tiago Camacho defende que o capitalismo “se encontra em fim de vida” e que devido a isto outro sistema irá surgir. “O fim do capitalismo para nós camaradas seria uma vitória, e o será certamente no futuro”, reforça.
O bloquista diz ainda que a realidade da região vem do tempo da ditadura para o tempo de uma democracia disfarçada, que “vai perdurando ao longo do tempo” mas que enfraquece mas “parece não terminar”.
“Temos de ser solução e não mais uma parte do problema. Temos de ser revolucionários seguros, com soluções e alternativas viáveis de resolução de conflitos”, considera Tiago Camacho sobre o papel do BE Madeira.
Candidato defende “reformulação” do partido
Tiago Camacho diz que esta é a “hora certa” para fazer uma reformulação no BE Madeira mantendo as “suas bases de existência, mas mais desenvolvido”, e que o partido deve construir um projecto que “promova uma sociedade com bases mais firmes e sólidas de futuro”.
O bloquista refere ainda que o BE Madeira tem que mostrar que é uma “real alternativa de governo” e que tem capacidade para “remover as muralhas que separam” os diferentes extratos sociais.
Tiago Camacho quer que o BE mostre “capacidade de diálogo responsável e coerente” e que construa pontes de comunicação que permita avanços no dia-a-dia, salientando a importância de o partido ter “um discurso coerente” que as pessoas entendam e que dê resposta aos assuntos pendentes de cada cidadão.
“Temos de ter uma liderança forte, ambiciosa e determinada”, afirma. Tiago Camacho defende “diálogo constante” no partido independentemente das divergências.
Uma das propostas passa por uma reunião mensal quer da comissão política ou da comissão coordenadora, a reformulação dos estatutos do partido, quando necessária, que permita fomentar quando “a inclusão, igualdade e equidade” dos militantes, mas que respeite os estatutos nacionais do partido.
Tiago Camacho defende ainda maior comunicação entre os autarcas eleitos pelo BE na Madeira e a direção do partido, a realização de pelo menos duas assembleias de aderentes anuais, a reativação da coordenadora jovem do partido, uma maior distribuição de tarefas e competências dentro do partido, e a criação de mais debates sobre os assuntos que mais alarmam a sociedade.
O bloquista defende ainda que BE Madeira deve criticar de “uma forma construtiva e responsável” o que de mal tem sido feito na região, e mostrar o caminho e as soluções.
Coligação no Funchal é para manter até final do mandato
Tiago Camacho defende que o BE deve manter o apoio à coligação na Câmara Municipal do Funchal até final do mandato.
Contudo o bloquista refere que desde já deve começar um diálogo com autarcas eleitos nas assembleias de freguesia, e assembleia municipal, de forma a “perceber se o trabalho que foi desempenhado foi positivo ou negativo e se existe uma possibilidade de repetir esse mesmo apoio em 2021”.
E em situações em que exista a possibilidade de coligação fora do Funchal estas devem ser “pensada e bem elaborada” e apresentadas à assembleia de aderentes como a anterior.
Tiago Camacho considera que deve ser dada “clara prioridade” à criação de uma lista própria em todos os concelhos da região.
O bloquista propõe ainda a criação de núcleos nos diversos concelhos da região com o intuito de “fomentar a solidez partidária”.
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